Na madrugada do último domingo, 26, os acreanos foram surpreendidos por um tremor de terra provocado por um abalo sísmico registrado no Peru, há 141 km de profundidade e 8 graus na escala. O fenômeno foi percebido em todo estado, o segundo perceptível na região, desde o início deste ano. Para os estudiosos é um fato muito comum de acontecer.
Entre os estados do Brasil, o Acre é o que mais registra esse tipo de ocorrência. A razão se dá pelo fato do estado estar localizado na borda da placa de Nazca, situada logo abaixo da Placa Sul-Americana, que deu origem à formação da Cordilheira dos Andes. A constante movimentação dessas placas gera os tremores de terra. O que livra a população acreana de ser afetada é a profundidade em que elas ocorrem, há mais de 100 quilômetros da superfície.
Durante os abalos no último domingo, em Rio Branco, o Corpo de Bombeiros atendeu oito ocorrências para verificação de danos estruturais em residências e prédios. nenhum local teve a edificação comprometida por causa do tremor de terra, contudo, é necessário que se tenha alguns cuidados.
“Nós sentimos abalos sísmicos todos os anos, em 2015 foram quatro durante o ano. Como no Acre é algo recorrente, é necessário que se mantenha atualizada as vistorias prediais para evitar desastres com desmoronamento. Já as pessoas, no momento que sentirem o tremor, o conselho é se manterem calmas e procurar abrigo. Não conduzir veículo, evitar ficar perto de vidros ou fiação elétrica, não usar elevador e fechar tubulações de gás para evitar incêndios”, alerta o Major do Corpo de Bombeiros, Cláudio Falcão.
Historicamente, segundo pesquisadores, não houve registros de terremotos com danos no Acre. Por ocorrerem distantes da superfície, a maioria passa despercebido pela população. Todavia, mediante ao crescimento urbano do estado é necessário prevenir eventuais sinistros. Por conta disso, desde 2010, todos os abalos sísmicos passaram a ser monitorados.