Políticas públicas integradas, investimentos em infraestrutura física de escolas públicas e qualificação de professores, entre outras ações executadas pelo governo do Estado, permitiram que hoje o Acre celebrasse avanços nos indicadores de educação, como confirmam os números divulgados nesta semana pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que apontou o estado como o primeiro lugar da Região Norte no ensino fundamental I e II.
“O Acre é o primeiro estado da Região Norte nas séries iniciais do ensino fundamental e o primeiro em qualidade nas séries finais do ensino fundamental. Significa dizer que estamos avançando em relação à taxa de crescimento do Brasil e em relação à nossa própria região”, comentou Marco Brandão, secretário de Estado de Educação e Esporte.
De acordo com o Ideb, em 2013 o Estado registrava índice de 5,1 pontos nas séries do 1° ao 5° ano. Em 2015, o crescimento foi de 0,4, chegando a 5,5 pontos. Nos dados de municípios, o ensino público da rede de Rio Branco apresentou crescimento de 0,3 ponto nas séries iniciais, saindo de 5,5 para 5,8 pontos.
No ensino fundamental do 6° ao 9° ano a educação estadual alcançou 4.5 pontos, na avaliação de 2015. No ensino médio, no mesmo ano, o Acre registra 3.6 pontos.
Para calcular esses índices, são levados em consideração os seguintes pontos: a permanência dos alunos em sala de aula, a taxa de aprovação e a capacidade que os alunos têm de usar os conhecimentos que eles desenvolveram na escola para a resolução de questões numa prova.
“Isso significa dizer que nossos alunos são capazes de ler textos, os tipos de textos que podem ler, as estratégias de leitura que eles são capazes de mobilizar. Nosso trabalho cotidiano tem sido pensar como melhorar ainda mais tudo isso com os professores e gestores de escolas”, pontuou Brandão.
Entre as estratégias para elevar a qualidade do ensino, estão investimentos como o Centro de Estudo de Línguas (CEL) e o Instituto de Filosofia e Matemática, que tornam os estudos mais atrativos. Na gestão de Tião Viana, também houve a contratação, por concurso público, de 2500 servidores para Educação, sendo a maior contratação da história. “A escola não pode ser árida, não é um lugar ruim, mas um lugar que possibilita o seu desenvolvimento”, frisa o secretário.
Dificuldades superadas e desafios a superar
Marco Brandão observa que a avaliação foi feita, inclusive, durante um período crítico para o estado, quando a região enfrentou a enchente de 2015. “Apesar disso, podemos ver que nossas equipes se esforçaram, trabalharam para que os resultados fossem satisfatórios e pudéssemos crescer”, disse.
O secretário de Educação recorda que nem sempre a realidade foi essa. Em 1998 o Acre amargava os últimos lugares nos indicadores que avaliam a qualidade do ensino da educação pública. “Precisávamos não apenas universalizar a educação e ofertar um ensino de qualidade, e foi nisso que investimos e temos perseguido no nosso trabalho”, destacou.
Segundo o gestor, o empenho dos servidores da Educação, o planejamento, seja verticalizado ou horizontal, a avaliação interna e externa, reuniões pedagógicas, entre outras atividades, são essenciais nos bons resultados.
“Se pegarmos o resultado do estado e da prefeitura de Rio Branco, é possível ver que avançamos de forma igual. Isso porque estamos avaliando juntos as séries iniciais do Estado e município, estamos usando o mesmo procedimento de qualificação das equipes, construindo projetos e alternativas para as escolas, para, assim, garantir que possamos caminhar juntos e assegurar o direito do aluno de aprender”, conclui o gestor.