A Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e de Agropecuária (Seap) vêm implementando um modelo de ação que envolve as entidades representativas dos trabalhadores rurais nas decisões. Os programas do governo de Tião Viana voltados para a produção agrícola no Estado são planejados com a participação dos beneficiários.
Nesta quarta-feira, 13, foi realizada uma reunião com representantes da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Acre (Fetacre) e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) com a gerência do escritório da Seaprof em Manuel Urbano, para definir a atuação da assistência técnica e extensão rural (Ater) na região.
“Essas entidades têm um passado de luta em busca da melhoria da qualidade de vida. Eles têm um sentimento de que podem ser os responsáveis por transformações em suas vidas”, explica Lourival Marques, secretário de Produção, acrescentando que o diálogo com os sindicatos e federações facilita as ações de Ater de modo a ampliar as oportunidades de inserção produtiva da produção familiar.
Na reunião com a presidente do STR, Francisca Eudócia Lima, e com o presidente da Fetacre, Manoel Cumaru, o secretário Lourival Marques e o gerente do escritório da Seaprof no município Elio Ferreira definiram a metodologia que será utilizada para atender a demanda de Ater. “Buscamos até mesmo um aumento da participação da comunidade no movimento sindical local”, disse o secretário.
Para o governo do Acre, trabalhar com o movimento social local contribui para o envolvimento das comunidades, já que a proposta é de um projeto de assistência técnica e extensão rural diferenciado, abraçado pelo STR, servindo de referência de ação mobilizadora para as competências políticas locais.
Crédito e assistência técnica
O presidente da Associação de Produtores Rurais Campo Verde, no Projeto de Assentamento Liberdade, quilômetro 16 da rodovia BR-364, José Santos Oliveira, conhecido como “Zé Velho”, integra também a diretoria do STR local e garante que o governo do Estado tem feito grandes investimentos na área rural do município.
“A gente conhece bem as necessidades da comunidade e pode ajudar na hora de decidir por onde e como começar os trabalhos”, disse.
Em Manuel Urbano, nos últimos dois anos, 987 famílias foram atendidas diretamente com ações de governo. Cerca de R$ 3,6 milhões foram liberados em crédito do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). No Programa de Desenvolvimento da Piscicultura, 31 açudes foram construídos para a criação de peixes dentro da ação de garantia da segurança alimentar.
“Também temos a ação do PAA [Programa de Aquisição de Alimentos], do Florestas Plantadas, com distribuição de mudas de seringueiras, além do Programa de Fruticultura, com distribuição de mais de 20 mil mudas de frutíferas, e mecanização agrícola”, enumera Lourival Marques.