O governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), realizou na quarta-feira, 10, o lançamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) em Tarauacá. Com mais esse lançamento, já são 17 os municípios que deram início à iniciativa, em 2016.
O sucesso do PAA é resultado de vários fatores. O principal, consenso entre produtores, é a eliminação da figura do atravessador na comercialização.
Como o PAA realiza a compra direto do produtor e entrega às entidades atendidas, os valores pagos ficam bem acima dos praticados pelo mercado, representando mais renda para as famílias beneficiadas.
Na tabela de preços dos 56 produtos que integram o programa, é possível ter uma ideia do quanto o PAA valoriza a produção familiar.
Uma saca de farinha de 50 quilos, comercializada por volta de R$ 70 no mercado comum, é adquirida pelo programa por R$ 175.
Outro exemplo é a banana. Produtores relatam que já foram obrigados a vender o cacho da fruta por R$ 3 para não perder a produção. Com o PAA, o cacho custa, no mínimo, R$ 20.
Essa valorização representa mais renda no bolso do homem do campo. É o caso do produtor Pedro Araújo, morador do Seringal Transual, em Tarauacá.
Com mais de 50 anos de trabalho na produção familiar, conta como o PAA mudou sua vida. “Antes a gente só vendia para o atravessador. Hoje, com esse programa, a renda aumentou. Vendo banana, abacate, melancia e jerimum, e consigo ganhar um bom dinheiro”, afirma.
PAA já atende cerca de 1,6 mil produtores familiares
Nos 17 municípios onde o Programa de Aquisição de Alimentos já foi lançado, 1.591 produtores estão fazendo a entrega de seus produtos.
São 376 entidades, como escolas e hospitais, que recebem os alimentos. Outro componente importante é a circulação de dinheiro, que movimenta a economia das cidades. Até o fim do ano, o PAA vai investir mais de R$ 4,7 milhões em todo o Acre.
“O PAA é um programa completo. Valoriza a produção de quem mais precisa, que é o produtor familiar. Alimenta milhares de pessoas, inclusive os estudantes e pacientes de hospitais, que precisam de alimentos frescos para ajudar na recuperação da saúde. Além disso, toda a cidade ganha com o dinheiro que circula a partir do programa”, destaca Lourival Marques, gestor da Seaprof.
Acrelândia, Epitaciolândia, Porto Walter, Rodrigues Alves e Santa Rosa do Purus devem iniciar o programa ao longo da próxima semana.