Produtores rurais moradores do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) da Bonal se reuniram com representantes da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) para discutir as ações que estão sendo realizadas visando a reativação da produção no local.
Criado em 2005, o PDS Bonal compreende uma área de 10.447 hectares, onde moram mais de mil pessoas. Atualmente, o forte da produção na região é a extração do látex, que é enviado para a fábrica de preservativos Natex de Xapuri.
O governo, em parceria com a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre (Cooperacre) e os produtores da região, está discutindo vários investimentos no local, inclusive com a reativação, dentro de poucos dias, da indústria dos famosos palmitos da Bonal.
Equipamento para evitar o uso do fogo e o desmatamento
Uma das preocupações é que os produtores da região possam produzir sem usar o fogo e sem desmatar novas áreas. Por isso, durante a reunião, o governo do estado entregou à comunidade um trator que será usado exclusivamente, durante as próximas semanas, para fazer a mecanização agrícola e deixar a terra pronta para a agricultura.
“Confiança é a palavra com que podemos definir essa parceria. Os produtores confiaram no governo e não estão queimando. Já o governo faz sua parte e garante o trator para o preparo da terra. Assim todo mundo é beneficiado”, afirma Césio Medeiros, coordenador da Bonal pela Seaprof.
A cessão do equipamento se dá por meio de uma parceria, onde os produtores são responsáveis pelos custos com o combustível e do tratorista. A intenção é atendera todos os produtores rurais que necessitem do serviço de destoca.
“Vendo o semblante das pessoas a gente percebe o quanto essa reunião foi produtiva. É só o ponta pé inicial para reativar a Bonal que estava parada. Com a ajuda do governo as coisas estão voltando a funcionar novamente”, explica o presidente da Cooperativa de Produtores da Bonal, Raimundo Macedo.
A própria comunidade vai decidir o cronograma das propriedades que vão receber o serviço, fiscalizar o uso do trator e monitorar o uso do fogo e do desmatamento na região.