Financiamento do SUS é debatido durante 7ª Conferência de Saúde

A Conferência que vai até sexta-feira, 21, reuniu 500 pessoas nesta quarta (Foto: Júnior Aguiar)
Conferência, que vai até sexta-feira, 21, reuniu 500 pessoas nesta quarta (Foto: Júnior Aguiar)

Com o tema “Saúde Pública de Qualidade para Cuidar Bem das Pessoas: Direito do Povo Brasileiro”, gestores, trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) iniciaram, na manhã desta quarta-feira, 19, os debates da 7ª Conferência Estadual de Saúde do Acre, no auditório da Faculdade da Amazônia Ocidental (Firb/FAAO), em Rio Branco.

Mais de 500 pessoas estiveram no local, segundo a comissão organizadora, para discutir as melhorias no atendimento do SUS.

A programação do período da manhã iniciou com a leitura e aprovação do regulamento da conferência, seguida de palestras e debates.

A primeira palestra foi sobre o Financiamento do SUS e Relação Público- Privada, ministrada por Gláucio Oshiro, promotor titular da Promotoria de Saúde do Ministério Público do Estado (MPE).

Durante a apresentação, Oshiro chamou a atenção para a redução dos recursos de financiamento do SUS, que, apesar de buscar a universalização do atendimento, vem sofrendo redução nos aportes financeiros, ao longo dos últimos anos. Essas reduções resultaram em impactos financeiros nos Estado e municípios e subfinanciamento do SUS.

O SUS não pode retroceder, deve permanecer gratuito e universal”, diz Gláucio Oshiro (centro) (Foto: Júnior Aguiar)
O SUS não pode retroceder, deve permanecer gratuito e universal”, diz Gláucio Oshiro (C) (Foto: Júnior Aguiar)

“Devemos ficar atentos para que esses projetos em tramitação não sejam aprovados. O SUS não pode retroceder, deve permanecer gratuito, universal e igualitário. Hoje, há um grande investimento na contratação de serviços de saúde nas redes privadas e menos investimentos na saúde pública. Isso precisa ser revisto”, comentou o promotor.

No final da exposição, o palestrante pediu aos participantes que nos próximos dias de conferência sejam elaboradas propostas que busquem o fortalecimento do SUS.

“Vamos trabalhar durante a conferência para fazer um SUS propositivo. Não vamos apresentar apenas reclamações a respeito do que está deixando de acontecer. A reconstrução do SUS é responsabilidade de todos nós”, finalizou.

Após a apresentação seguida de debates, foi aberto o diálogo com a plenária. Os questionamentos foram registrados pela relatoria e serão discutidos em grupos de trabalho.

A Conferência vai até sexta-feira, 21. Confira a programação.

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