Estimulando o diálogo entre educadores da capital, foi realizada nesta quinta-feira, 23, no auditório da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), a quinta edição do Seminário de Educação Indígena.
O principal objetivo do encontro é debater sobre a implementação da Lei 11.645/2008, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir, nos currículos da rede de ensino, as temáticas de história e cultura afro-brasileira e indígena.
Luiz Carlos, do Fórum Estadual Permanente de Educação Étnico-Racial, reforça a importância do resgate da valorização indígena. “Hoje, as redes estadual e municipal de ensino atendem mais de sete mil alunos no Acre. Esse é um reflexo do trabalho feito para a preservação cultural e para a diversidade na educação”, disse.
Atualmente, o Estado possui 15 povos indígenas, sendo que apenas seis são considerados falantes de sua língua materna. Joaquim Maná Huni Kuin, doutor em linguística pela Universidade de Brasília (UnB), palestrou durante o evento e afirmou que um dos principais desafios é evitar a extinção das línguas indígenas.
“Estes encontros são importantes para estimular as políticas educacionais, incluindo o ensino da história indígena na educação básica. Com a conscientização, é possível reverter os quadros de perda cultural presentes em todo o território nacional”, afirmou.
Izis Melo, coordenadora de diretos humanos, cidadania e diversidade da SEE, explica que “é preciso vencer a resistência no sistema educacional para trabalhar estas temáticas. Estimulando a diversidade no sistema escolar, preparamos uma sociedade mais aberta para as diferenças”.