SEPMulheres é convidada para evento, nos dias 16 e 17 de agosto
A secretária de Políticas para as Mulheres, Concita Maia, recebeu o convite, na manhã desta quinta-feira, 21, da coordenadora Estadual da Marcha das Margaridas, Fátima Maria Pedrosa Maciel, para fazer parte da Luta por Desenvolvimento Sustentável com Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade, tema deste ano do evento. “Vai ser um prazer enorme estar na Marcha com todas essas mulheres lutadoras”, disse Concita ao receber o convite.
A coordenadora Estadual da Marcha, Fátima Maciel, esteve Brasília no último dia 13, com a comissão organizadora da Marcha das Margaridas 2011 e mais de 60 mulheres, entre dirigentes sindicais e parceiras, para entregar a pauta de proposições e reivindicações a seis ministros, em ato político no Palácio do Planalto.
Entre os ministros que receberam o documento com 158 pontos a serem analisados estava a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Iriny Lopes. “Falamos para a ministra Iriny Lopes sobre a importância das ações que a SEPMulheres está realizando no Acre. Um organismo criado na hora certa e que nos apoia de todas as formas”, afirmou Fátima.
Os pontos reivindicados fazem parte dos sete eixos temáticos: biodiversidade e democratização de recursos naturais; terra, água e agroecologia; segurança alimentar e nutricional; autonomia econômica, trabalho e renda; saúde pública e direitos reprodutivos; educação não sexista, violência e sexualidade; democracia, poder e participação política.
“A mulher precisa perceber que ainda está indiferente a alguns assuntos. Elas precisam se unir. Nós sabemos o que a outra precisa. O preconceito que existe contra a mulher não vem só do homem, infelizmente vem da mulher também. E vamos mudar isso, mostrar o poder que ela tem”, enfatizou Fátima.
A expectativa é de que cerca de 40 mulheres acreanas participem da Marcha das Margaridas, que vai ser realizada nos dias 16 e 17 de agosto, em Brasília. Está em construção a Cidade das Margaridas, no Parque das Cidades, onde cada Estado vai poder mostrar suas potencialidades. “Muitas coisas já foram conquistadas, mas ainda é preciso mais. Por isso estaremos lá, de mãos dadas com as trabalhadoras rurais, para protestar contra as desigualdades sociais e em busca de políticas públicas e respeito”, concluiu a secretária Concita Maia.
O que é a Marcha das Margaridas
É uma ação estratégica das mulheres do campo e da floresta para conquistar visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena. Coordenada pelo Movimento Sindical de Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais, formado pela Confederação Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura (Contag) e por 27 federações de trabalhadores rurais dos Estados, tem mais de quatro mil sindicados filiados.
Pouca gente sabe que a maior mobilização de mulheres trabalhadoras rurais tem esse nome como uma forma de homenagear a trabalhadora rural e a líder sindical na imagem de Margarida Maria Alves.
Trabalhadora rural, presidente do Sindicato de Trabalhadores rurais de Alagoa Grande, município do Estado da Paraíba, ela foi assassinada, em um crime brutal, por um pistoleiro, a mando dos usineiros da região do brejo paraibano.
Margarida, desde 1973 ocupava a presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, e à época de sua morte havia movido 73 ações trabalhistas de trabalhadores rurais das usinas por direitos trabalhistas.
Após a sua morte tornou-se um símbolo político, representativo das mulheres trabalhadoras rurais. Em 1982 as mulheres trabalhadoras rurais iniciaram a organização em movimentos que se espalharam em todo o Brasil e começaram naquele momento um movimento que foi se ampliando e teve seu reconhecimento público identificado como Margaridas.
