Doença respiratória crônica e sem cura pode ser controlada com tratamento adequado
A asma é uma doença respiratória inflamatória crônica sem cura, com forte influência genética, que acomete os pulmões, e se caracteriza pelo estreitamento generalizado dos brônquios, cuja intensidade varia de pessoa para pessoa. O Dia Nacional de Controle da Asma, 21 de junho, é uma oportunidade para informar à população sobre os sintomas, tratamento e cuidados que se deve ter em relação à doença.
Vários fatores podem desencadear uma crise: mudanças climáticas e exposição a estímulos, como fumaça de cigarro, poeira, mofo, pêlos de animais, agentes químicos, fatores emocionais e os alérgenos (substâncias que podem provocar uma reação alérgica).
Conforme dados do Ministério da Saúde, cerca de 10% da população é portadora da doença, gerando um total de 350 mil internações hospitalares por ano. O total de casos considerados da prevalência em crianças é de 20%.
De acordo com o médico alergista Guilherme Augusto Pulici, “Em Rio Branco, dados não oficiais registram prevalência de aproximadamente 32% em crianças de 13-14 anos de idade (de acordo com os critérios do ISAAC – International Study for Asthma and Allergies in Childohood)”.
Sintomas
Os sintomas variam, desde crises fortes – facilmente reconhecidas – até sintomas mais leves que podem passar despercebidos. Em alguns casos, as vias aéreas ficam inchadas, estreitas, cheias de muco e excessivamente sensíveis.
São evidenciados episódios de dispnéia (falta de ar), chiado e sensação de aperto no peito, tosse seca, que são sintomas capazes de serem reversíveis tanto espontaneamente quanto após a administração de broncodilatadores.
Tratamento
Ainda não há uma cura para a asma, mas o tratamento baseia-se num controle eficiente da doença, o qual permite que a pessoa tenha uma vida normal e ativa. Porém, para isso, será necessário tomar medicação apropriada e permanecer longe de coisas que tornem difícil a respiração.
Segundo Dr. Pulici, “O tratamento indicado para a asma, inclui medicações inalatórias (nebulizadores, aerossóis, inaladores de pó seco), injetáveis, comprimidos e vacinas (imunoterapia antígeno-específica), o uso de medidas educacionais quanto à exposição a substâncias que possam gerar reação alérgica e outros fatores específicos”.
“O tratamento varia de acordo com a determinação do tipo de asma (que pode ser intermitente, persistente ou induzida por exercício, associada com o uso de aspirina.), e do paciente (criança, adolescente, grávida ou idoso)”.
Cuidados
Alguns dos fatores desencadeadores da asma podem ser evitados, como por exemplo, os alérgenos presentes na poeira doméstica. Uma medida é manter o ambiente sempre limpo e ventilado, evitando o acúmulo de poeira e umidade em móveis, cortinas e carpetes. Também é importante promover a lavagem regular de cobertores, roupas de cama e almofadas.
“Quando existe suspeita clínica da existência da doença, é recomendável que o médico, seja ele pediatra, clínico, alergista ou pneumologista, seja procurado de imediato para que seja realizada avaliação clínica pormenorizada e exames complementares”, finaliza Pulici.