Pista de Rio Branco será totalmente liberada para pousos de aeronaves até o início de fevereiro
O governo do Estado vai fazer o que for preciso para o que aeroporto de Rio Branco não seja, em nenhum momento, interditado por conta das obras e que a reforma na pista, prevista para ser entregue em dezembro pelo 7º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC) e pela Infraero, seja antecipada para o mais breve possível. Até o fim de fevereiro a operação tapa-buracos deve ser concluída e os voos, normalizados.
A pista do aeroporto da capital, que tem 2.158 metros de extensão, está com sua capacidade reduzida em 600 metros, o que obrigou as aeronaves que operam as frequências na capital a diminuir o peso, seja em passageiros ou cargas. A diminuição no número de passagens vendidas tem trazido transtornos aos acreanos, que encontram grande dificuldade em conseguir vagas para entrar ou sair do Estado.
Na manhã desta quarta-feira, o governador Tião Viana, acompanhado de secretários de Estado e dos senadores Jorge Viana e Aníbal Diniz, reuniu-se com o diretor de operações da Infraero, João Márcio Jordão, e com o chefe do departamento de engenharia do Exército, general Ítalo Avena. Após o encontro seguiram para o Aeroporto de Rio Branco para verificar as obras na pista.
“O Exército é um grande amigo do governo do Estado, mas temos um impasse e precisamos de soluções urgentes. O governo fará o que for preciso para agilizar essas obras. Se for preciso trazer novas máquinas, traremos; se o problema for tecnologia, vamos atrás. Se precisar de força política para liberação de recursos, vamos mobilizar. O que não pode acontecer é a população do Acre ser prejudicada em seu direito de ir e vir ou um doente não ter condições de sair daqui numa emergência por conta de problemas na pista. Isso não pode acontecer”, disse o governador.
O diretor de operações da Infraero, João Márcio Jordão, observou que a pista do aeroporto de Rio Branco está em uso há muito tempo e é bastante irregular. “Já passou por várias operações tapa-buraco e a vida útil está chegando ao fim. A ideia é implementar as ações necessárias num menor espaço de tempo possível. Estamos fazendo as correções necessárias e a nossa grande dificuldade é o período de chuvas. A recuperação da pista será total.”
Por conta da reforma e da redução na capacidade operacional, o aeroporto de Rio Branco perdeu o status de internacional. A Infraero garantiu que logo após a reforma o aeroporto volta a receber o título.
O 7º BEC executa duas operações simultâneas na pista do aeroporto de Rio Branco. A primeira, ininterrupta, é a de tapa-buracos. A segunda é a recuperação da pista, com a retirada das partes problemáticas, melhoria da estrutura do solo e aplicação de geogrelhas, uma tecnologia que reforça as estruturas da obra e oferece maior resistência, explicou o chefe do Departamento de Engenharia do Exército, general Avena. A obra está orçada em cerca de R$ 30 milhões e envolve, inicialmente, 130 homens.
Capital pode ter novo aeroporto
O senador Jorge Viana disse que a solução definitiva é construir outro aeroporto. “Este aqui foi construído numa área inadequada, onde há o pior solo, que é a argila, e numa posição contrária ao vento. Ele é antigo, a vida útil da pista já está se esgotando. Mas até que isso seja feito nós precisamos recuperar esta pista o mais rápido possível e da melhor maneira, para que haja qualidade e, acima de tudo, segurança.”
Sobre a possibilidade de construção de um novo aeroporto, levantada pelo senador Jorge Viana, o governador Tião Viana disse que já existem estudos preliminares, e que se houver um laudo técnico com parecer definitivo sobre essa necessidade, as providências serão tomadas.
“Se o Exército nos disser que é preciso construir um novo aeroporto, o governo do Estado vai se empenhar em conseguir os recursos junto à presidente Dilma. Com um laudo na mão nós podemos apresentar para ela o problema e sensibilizar o governo federal para a situação”, afirmou Tião.
O diretor de operações da Infraero explicou que não houve um erro de engenharia na construção do aeroporto, mas concordou que o solo da pista é realmente inadequado e é isso que causa tantos danos à construção e exige reparos constantes.