Show de Lenine reuniu cinco mil pessoas na Concha Acústica

O público se deixou contagiar com a música de Lenine (Fotos: Luciano Pontes/Secom)
O público se deixou contagiar com a música de Lenine (Fotos:  Kimy Assunção e Luciano Pontes/Secom)

O cantor e compositor Lenine atraiu cerca de cinco mil pessoas, segundo estimativa da PM, no show da noite de ontem na Concha Acústica, em Rio Branco.

Em voz e violão, cantou sucessos como “Hoje eu quero sair só”, “Jack soul brasileiro”, “Leão do Norte”, “Na pressão” e “A rede”, acompanhado de um público vibrante e receptivo, que não se intimidou com a noite de terça-feira e prestigiou o evento.

Lenine também apresentou “Chão” e “Envergo mas não quebro”, do seu cd mais recente, “Chão”, de 2011, produzido com o filho Bruno.

Durante o show, falou de sua visita à aldeia dos poyanawas, em Mâncio Lima, e ganhou muitos aplausos quando mencionou um hábito tipicamente acreano: “Cheirei um rapé poderoso com os índios. Desopilante”.

No bis, atendeu aos pedidos da plateia e mandou “Paciência”, um de seus maiores sucessos.

“O brasileiro não conhece o Brasil”

Precisamos nos conhecer (Foto: Luciano Pontes/Secom)
“É urgente que a gente se conheça”, disse Lenine (Foto: Luciano Pontes/Secom)

O cantautor, como o artista se define, veio ao Acre pelos “Encontros Socioambientais com Lenine – Música e Sustentabilidade numa só nota”, patrocinado pela Petrobras. O programa apoia projetos com foco em produção inclusiva e sustentável, biodiversidade e sociodiversidade e, ainda, direitos da criança e do adolescente.

No Acre, Lenine conheceu o projeto de Gestão Indígena da Comissão Pró-Índio (CPI) à Aldeia Poyanawa, a Apae de Cruzeiro do Sul e outros. “Minha música é crônica e reportagem, está ligada a temas do cotidiano. É incrível como assassinatos geram tantas matérias e projetos desse tipo não. Por trás de todos eles estão os sonhos. A gente tem que sonhar”, disse.

Na coletiva de imprensa realizada na tarde de ontem, Lenine disse que os “Encontros” foram uma “experiência acachapante” em termos de diversidade. E deu o seu recado: “O brasileiro não conhece o Brasil. É urgente que a gente se conheça.”

A visita de Lenine teve apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria de Comunicação, Secretaria de Turismo, Fundação Elias Mansour e Fundação Aldeia de Comunicação.

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