Acre e Rondônia discutem consequências da cheia do Rio Madeira

Representantes dos governos do Acre e Rondônia se reuniram na sede do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), em Porto Velho, na manhã desta segunda-feira, 14, para discutir as consequências da cheia do Rio Madeira. Liderada pelo vice-governador César Messias, a comitiva acreana noticiou que, apenas na economia, o impacto até agora é de R$ 600 milhões. Já Rondônia acredita que os prejuízos na economia, bens e serviços públicos ultrapasse R$ 1,6 bilhão.

 César Messias liderou comitiva acreana em Rondônia para apresentar as ações de enfrentamento à cheia do Rio Madeira (Foto: Arison Jardim/Secom)
César Messias liderou comitiva acreana em Rondônia para apresentar as ações de enfrentamento à cheia do Rio Madeira (Foto: Arison Jardim/Secom)

Por mais de 60 dias, o Rio Madeira transbordou a ponto de atingir três trechos da BR-364, única ligação do Acre com o restante do Brasil. Por isso, a interdição se tornou inevitável e uma crise de abastecimento passou a existir. O esforço das equipes de governo garantiu que o abastecimento básico fosse possível por meio de caminhões atravessados por balsas e pranchas, além de mais de 200 voos da Força Aérea Brasileira (FAB) e fretados. Tanto Acre como Rondônia decretaram estado de calamidade pública.

“As águas começaram a baixar, mas os problemas vão continuar. Mas enfrentamos com clareza e seriedade todos esses fatos e conseguimos manter o abastecimento do Acre durante um momento tão crítico. Agora é hora de nos reerguermos”, afirmou o vice-governador do Acre.

O chefe da Defesa Civil do Acre, coronel Carlos Gundim, apresentou todas as ações tomadas para manter o abastecimento do Acre. Se em dezembro de 2013, a média era de 257 caminhões por dia, em março deste ano, com três trechos da estrada tomados pela água, a média passou para 20 por dia. Negócios intensos também começaram a ser feitos com o Peru, principalmente relacionados a combustíveis e hortifrútis, num total de 2.246 toneladas de produtos.

Prejuízos e recuperação

Tanto Acre quanto Rondônia esperam que o governo federal ajude os estados durante a recuperação econômica causada pela cheia do Rio Madeira, que atingiu a impressionante marca de 19,74m, a maior da história. Rondônia teve 42,5% do estado atingido.

O chefe da Defesa Civil de Rondônia, coronel Silvio Silva, elogiou o trabalho do governo do Acre perante a situação de isolamento. Ele autorizou toda a operação realizada pela Defesa Civil do Acre em parceria com o Corpo de Bombeiros e Deracre para manter o fluxo de caminhões mesmo com a alta lâmina d’água cruzando a estrada. Com a redução do rio na última semana, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) se prepara para avaliar a estrada imediatamente e decidir as medidas a serem tomadas.

Para o vice-governador de Rondônia, Airton Gurgacz, o momento é de unir esforços. “Sabemos da situação de desabastecimento que vocês tiveram e reconhecemos de todo coração o esforço que fizeram pela população.”

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