Dia 8 de janeiro é o dia do fotógrafo, uma profissão tradicional na sociedade. A primeira fotografia reconhecida remonta ao ano de 1826 e é atribuída ao francês Joseph Nièpce. No entanto, a data celebra o trabalho de inúmeros profissionais que se dedicam a registrar um espectro significativo lido apenas em um olhar.
Entre os mais tradicionais do estado está, Antônio Álem, conhecido carinhosamente como “Pirulito”, apelido advindo do recurso que sempre usa para fotografar crianças. Nascido em Tarauacá, trabalhou no seringal. Na capital, tornou-se picolezeiro. Hoje, com 60 anos de idade, conta como escolheu a atual profissão: “Eu rodava a cidade toda e vi uma pessoa trabalhando de fotógrafo, achei aquilo bonito e comprei uma máquina para mim”.
Pirulito, com sua D90, trabalha todas as sextas-feiras no Fórum, registrando casamentos civis. Criou seus cinco filhos com a fotografia e há 10 meses comprou sua bicicleta elétrica, meio que permite seu trabalho de fotógrafo ambulante. “Eu já fotografei casal de namorados, depois seu noivado, casamento e os filhos. Cheguei até a fotografar a outra geração do filho”, afirma.
A técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa tem seus entusiastas locais, como os fotoclubes. A presidente do Pium Fotoclube, Cinthia Davanzo, explica as atividades do grupo: “Nos reunimos por causa da fotografia e voltamos o nosso olhar para fazer eventos, cursos e trazer pessoas para capacitações. Também estamos trabalhando para lançar um livro coletivo, em abril”.
Outra modalidade é o fotojornalismo, em que o produto tem a missão de transmitir informações. A editora da Agência de Notícias, Jane Vasconcelos, ressalta que o trabalho fotojornalístico é valorizado pelo site: “tanto pelo espaço no site e também pelo número de profissionais. São sete fotojornalistas”.
Entre eles está Gleilson Miranda, que trabalha na área há mais de 20 anos e foi responsável pelas já legendárias fotos dos índios isolados no Alto Envira. A imagem é premiada e circulou o mundo. A última exposição de que participou foi a de “Povos Indígenas no Brasil 1980/2013 – Retrospectiva em Imagens”, realizada pela Embaixada da Noruega e pelo Instituto Socioambiental (ISA), em Brasília.
O histórico da fotografia não pode desprezar, atualmente, a popularização da tecnologia digital. Foram simplificados os processos de captação, armazenagem, impressão e reprodução, por causa do ambiente digital. E, ainda, os equipamentos se tornaram mais acessíveis, havendo a incorporação de câmeras fotográficas aos aparelhos celulares.
E os flashes movimentam não apenas o mercado de eletrônico, mas o desenvolvimento de aplicativos e mídias sociais. Milhares de histórias são registradas, o que tem permitido o crescimento dos amantes por fotografia.