ZAP Cafezal avança com obras e ação social em Sena Madureira

São R$ 5,5 milhões investidos nos bairros Cafezal e Cidade Nova para beneficiar 914 famílias com promoção da dignidade e do desenvolvimento humano

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As obras na  Zona de Atendimento Prioritário (ZAP) Cafezal  influenciam toda a cidade de Sena Madureira. A ZAP 6, como é também conhecida, já tem 40% de suas obras de implantação da rede de água e drenagem prontas e na próxima semana várias ruas irão receber asfaltamento. Elas irão beneficiar diretamente 914 famílias numa região típica para o conceito de ZAP, apresentando degradação ambiental e baixo capital social, entre outros fatores, nos bairros Cafezal e Cidade Nova.  

O projeto, apresentado semana passada para a comunidade de Sena Madureira, tem custo estimado em R$ 5,5 milhões e está sendo tocado com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), conceito de investimento em infra-estrutura criado pelo presidente Lula, que, aliado a medidas econômicas, vai estimular os setores produtivos e, ao mesmo tempo, leva vários benefícios para o todo o país.

A ZAP Cafezal leva o nome de um de seus bairros e do igarapé que corta a região. A obra está dividida em dois lotes. O lote 1 está sob responsabilidade da construtora Cepel e o 2, da Editec.  A construção do escritório técnico da Secretaria de Habitação de Interesse Social (Sehab), que atua com equipe multidisciplinar, foi feita pela Construtora Bezerra, com sede em Sena Madureira.

O igarapé Cafezal, em sua grande parte, será urbanizado, o que irá gerar importante impacto no ambiente e na qualidade de vida de toda a cidade. A paisagem já começa a passar por interessantes modificações naquela região, atraindo a curiosidade dos moradores dos demais bairros.

Para abrigar as famílias que serão removidas das áreas de risco (fundos de vale, margens de canais) a ZAP construirá um conjunto habitacional com 110 unidades. Esse residencial contará com toda a estrutura necessária, como rede de água e de esgoto, e será implantando em uma área de 3,5 hectares no local provisoriamente denominado Loteamento Xiburema. "A proposta é assegurar qualidade de vida aos moradores", afirmou Jéssica Laurenti, engenheira fiscal da ZAP 6.

Zonas de Atendimento Prioritário são um conceito de política pública para levar serviços básicos e estruturantes às comunidades mais carentes do Acre. As ZAPs surgiram a partir do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), o mapeamento mais detalhado que o Estado produziu acerca de seu território, população e recursos, naturais ou não. Zonas de Atendimento Prioritário, na região urbana, estão localizadas em fundos de vale e as rurais estão em terras indígenas, unidades de conservação, assentamentos tradicionais e assentamentos diferenciados.  Nas cidades, as ZAPs apresentam baixa urbanização, assentamento precário com baixo capital social, vulnerabilidade ambiental, elevado número de pessoas vivendo em condições de pobreza e miséria, e com alto índice de pessoas envolvidas em infrações, contravenções e crimes.

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O escritório técnico da ZAP 6 foi inaugurado no dia 30 de outubro passado, em ato que reuniu dezenas de moradores. Além de poder conhecer e tirar dúvidas acerca da ZAP, os moradores receberam atendimento médico e odontológico e participaram de uma rua de lazer durante todo o dia. Alunos da escola Eugênio Areal realizaram atividades de conscientização ambiental.

Trabalho de agentes sociais leva conscientização aos moradores

O trabalho de ação social na ZAP 6 é feito atualmente pelas agentes Ivone Marques da Silva e Witla Henrique, que percorrem o Cafezal e a Cidade Nova a pé ou em bicicleta de modo ostensivo para que as informações sejam levadas da melhor forma à comunidade. "Estou sabendo do que vai acontecer aqui e concordo com o projeto porque vai trazer melhoria para nós", disse Maria das Dores, que mora com o marido e dois filhos em uma casa às margens  do córrego que corta a região. "Quero mesmo poder sair daqui. Meu filho já chegou a cair no esgoto."

"As agentes, o pessoal do Governo vem sempre por aqui. O que a gente espera é que as melhorias aconteçam mesmo", disse o padeiro Francislei da Silva, 27. Silva mora há três anos  em um local alagadiço denominado Jardim Primavera.

Jovens como Ronis Brito, 21, encontram nas obras das ZAPs a possibilidade de emprego formal, com carteira assinada. Ronis está há quatro meses trabalhando como funcionário da Construtora Editec e diz sentir-se feliz com a oportunidade. "Ter emprego de carteira assinada é coisa boa demais", disse. O rapaz passou dois meses desempregado e quando tomou conhecimento das obras na ZAP Cafezal não teve dúvidas e buscou a empreiteira, obtendo o sonhado trabalho. Havia vários anos sua carteira não era assinada nos empregos que conseguia.

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