Webinário no Mês do Meio Ambiente apresenta projeto na área de riscos de inundações com abordagem social e cultural no Acre

A programação do Mês do Meio Ambiente, organizada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Acre (Sema), contou com a participação de pesquisadores de renome nacional e internacional durante o webinário sobre o projeto de pesquisa “Dados à Prova d’Água no Estado do Acre”. O evento foi transmitido ao vivo pelo canal da Sema AC no Youtube, nesta quinta-feira, 24.

O Dados à Prova d’Água é um projeto internacional colaborativo apoiado pela Sema, e conta a participação de pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com a Universidade de Heidelberg, da Alemanha, e Universidade de Warwick, do Reino Unido. A pesquisa recebeu também o apoio da Universidade Federal do Acre (Ufac), Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esportes (SEE), Defesa Civil Estadual e Municipal do Acre e órgãos da Prefeitura de São Paulo (SP).

O webinário foi transmitido ao vivo pelo  canal da Sema no Youtube. Foto: reprodução

O pesquisador João Porto de Albuquerque, doutor, professor e chefe do Centro de Ciência Urbana e Progresso da Universidade de Warwick, do Reino Unido, realizou a introdução do evento e, em seguida, para o detalhamento das etapas da pesquisa, facultou a palavra para as contribuições dos colegas: a  pós-doutora no Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP), Livia Degrossi; a pós-doutora da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (Eaesp-FGV), Fernanda Lima Silva;  e o pesquisador do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mário da Mata Martins.

João Albuquerque explicou que o Dados à Prova d’Água (Waterproofing Data – WPD, em inglês) é um projeto de pesquisa multidisciplinar que trata da governança dos riscos de inundações, com abordagem nos aspectos sociais e culturais da coleta e do uso de dados, os quais irão servir de base para pesquisadores e técnicos e também às comunidades afetadas.

Livia Degrossi destacou que o objetivo final da pesquisa é ofertar à sociedade uma ferramenta que ajude as pessoas a identificarem possíveis situações de riscos e ainda auxilie gestores na tomada de decisões e na elaboração de planejamento voltado para a gestão de riscos, por meio de um aplicativo, que será lançado em outubro. A ferramenta permitirá acesso a memórias de eventos climáticos severos já ocorridos, mapeamentos de áreas e dimensionar novos eventos climáticos severos, em tempo real, bem como verificar se determinada área ou região está propensa a alagações e ou riscos.

Base de dados servirá para pesquisadores, técnicos e também às comunidades afetadas. Foto: reprodução

Os pesquisadores explicaram ainda que, ao longo da coleta de informações, buscaram dar visibilidade e participação de cidadãos, a fim de também estimular a produzir e fazer circular a informação, por meio de um mapeamento participativo. O projeto de pesquisa contou com mais de mil mapeados ativos, em dez cidades acreanas, e 98 mil edificações adicionadas.

“Nosso projeto tem um foco muito específico, que é de fato tentar pensar em como nossas atividades de pesquisa podem levar à transformação, no sentido de melhorias de práticas e dados, perspectivas para que a gente possa enfrentar melhor os problemas das alagações como a que gente viu, recentemente, no Acre”, destacou Albuquerque.

Dados técnicos poderão ser acessados por meio de um aplicativo, que será lançado ainda este ano. Foto: reprodução

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