Vigilância Epidemiológica alerta para risco de contaminação por leptospirose

Somente no primeiro trimestre de 2009 foram notificados 121 casos suspeitos

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Constante vazante e cheia do Rio Acre é um dos motivos para os casos de leptospirose na capital (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Água limpa, sabão, cloro ou água sanitária reduzem a zero a chance de contaminação pela bactéria leptospira, transmissora da leptospirose presente na urina e fezes de ratos. A simples higiene de casas e cuidados com o uso de calçados podem reduzir o índice de infestação da doença que somente no primeiro trimestre de 2009 já causou 5 mortes. Até agora são 121 os casos notificados, com 32 confirmados. A Vigilância Epidemiológica volta as ações e os alertas para os bairros onde ocorre maior incidência e para as áreas afetadas pela cheia do rio Acre.

Em todo o ano de 2008, a Vigilância Epidemiológica do município notificou 100 casos, com 35 deles confirmados e 3 óbitos. “Por isso estamos preocupados. Houve um aumento de casos. E as comunidades do Eldorado, Vitória e Chico Mendes onde houve maior ocorrência são as que têm as condições favoráveis para a proliferação da leptospirose”, diz Jeosafá César, coordenador de Vigilância Epidemiológica Municipal. Ele alerta a população para ficar atenta aos riscos de contaminação, principalmente neste período em que as águas do rio baixaram e os quintais e ruas estão com água empoçada e lama. “Não permitam que seus filhos brinquem em água suja que pode estar contaminada e lavem as casas antes de voltar a morar nelas”, orienta.

A Vigilância Epidemiológica se prepara para iniciar uma campanha publicitária com o foco voltado para a prevenção e o combate à doença. Agentes de saúde irão distribuir em pontos específicos o kit de limpeza contendo produtos como sabão, cloro líquido e cloro em pedra (para colocar em caixas d’água, poços e cisternas). A bactéria leptospira não sobrevive a produtos simples de limpeza.

Cuidados e prevenção – Andar sempre calçado, lavar latas de alimentos e bebidas antes de colocar na boca, evitar contato com terrenos alagados são cuidados preventivos. Dos primeiros sintomas até o agravamento da doença ocorre período máximo de uma semana. Dores de cabeça, febre, dores musculares (principalmente na batata da perna e região lombar que impossibilita o movimento), olhos amarelos, urina escura podem levar a um quadro mais severo com comprometimento renal quando o paciente terá dificuldade para urinar.

“Para evitar a complicação da doença é preciso procurar atendimento médico ao identificar os primeiros sintomas”, diz Cirley Lobato, infectologista. A médica informa que existe ainda um grande percentual da população que contrai a leptospirose em sua forma assintomática. “O próprio organismo resolve”. O exame a ser feito é de sangue com sorologia para leptospirose. 

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