A vice-governadora do Acre, Nazareth Araújo, participou nesta sexta-feira, 19, de uma rodada de entrevistas sobre a Ferrovia Transoceânica.
Na pauta dos programas – um de rádio e outro na televisão -, a construção da ferrovia pelo governo chinês que irá cortar vários estados brasileiros, inclusive o Acre.
Esta semana foi realizada uma reunião de trabalho em Brasília, com representantes dos estados de Rondônia e Mato Grosso, empresários, investidores chineses e o embaixador da República Popular da China Li Jinzhang, para dar continuidade às tratativas visando a construção da ferrovia.
Além da vice-governadora, a chefe da Casa Civil, Márcia Regina Pereira, também participou da reunião. Segundo a vice- governadora, num tempo de crise surgem também as oportunidades, e aproveitá-las é o que governo está buscando.
Garantir que o traçado da ferrovia passe pelo Acre é uma fase vencida. Agora os desafios são outros, como a tipologia das licitações, em que tempo poderão ser iniciadas, como estão sendo tratadas as indefinições sobre alguns trechos e qual a tecnologia de obra a ser utilizada para vencer o caminho pelo Andes.
Todos esses aspectos estão sendo discutidos nas câmaras técnicas, instituídas graças ao termo de cooperação assinado entre os governos, em 2015.
“Essa obra abre um campo de trabalho em vários estados do país. Para os chineses, não existe dúvida sobre a viabilidade da ferrovia, agora é preciso a priorização e ênfase na definição de que tipo de licitação será utilizada na viabilização dessa obra, e isso está a cargo do governo brasileiro e do Congresso Nacional”, disse Nazareth Araújo.
O governo do Acre sugeriu na reunião que houvesse a viabilização de trechos em separado para dar início à obra. Além disso, Mato Grosso, Acre e Rondônia irão expedir à Presidência da República e a suas bancadas um documento solicitando a priorização do trato dessa matéria, para dirimir todas as dúvidas sobre o empreendimento.
Sobre a ferrovia
A Ferrovia Transoceância, ou Transcontinental, foi planejada para ter aproximadamente 4.400 quilômetros de extensão em solo brasileiro, entre o Porto de Açu, no litoral do Rio de Janeiro, e a localidade de Boqueirão da Esperança, no Acre, como parte da ligação entre os oceanos Atlântico, no Brasil, e Pacífico, no Peru.
