“Os leitos da UPA não pertencem a UPA, pertencem ao Sistema Público de Saúde”, explica a gerente da unidade Franco Silva, Mirtes Goes. Organização que reflete o adequamento à Regulação Estadual dos Leitos, um sistema que controla a oferta para o acesso aos pacientes do estado e obedece o sistema nacional de regulação.
No leito 2 da ala pediátrica descansava o pequeno Luis Carlos Bessa, 9. O morador do João Eduardo foi mordido por um pastor alemão, por isso, estava com soro na mão e curativo na parte detrás do joelho. O paciente conta que o cachorro o atacou quando ele foi entregar o ventilador para seu primo. “Limparam minha ferida e fizeram coleta de sangue, mas já estou bom”, constata.
Em um tratamento mais longo, está Gauldino Vieira em observação, porque foi diagnosticado com erisipela. O morador do bairro Aeroporto estava com muita febre e uma vermelhidão na canela, então foi com sua esposa à UPA. “Esta é uma infecção cutânea e o tratamento exige observação contínua dos estágios”, explica o gerente de enfermagem Michel Paes.
O caso de Gauldino exige mais de 24 horas de tratamento, por isso seus dados e as razões pelas quais necessita de um leito foram inseridas no sistema de regulação estadual, que tem base no Samu. Então encontra-se um leito para ele em um dos hospitais, no caso dele, havendo leito onde estava, permaneceu. “A regulação foi referendada em 2014 e tem funcionado bem”, completa a gerente Mirtes. A eficiência operacional está diretamente ligada a segurança do paciente.
A sistematização proporciona transparência e o acesso púbico. “Da entrada a saída do paciente é tudo controlado, se não for controlado não recebemos recurso. São regulados exames, avaliações de especialistas e para mandar para internação no sistema nacional” ressalta o gerente da enfermagem Michel Paes.