É lamentável que, diante do cenário mais profundo de recessão da economia brasileira, 15 estados, sem saída financeira, viram-se obrigados a parcelar os salários de seus servidores.

Três desses (grandes) estados decretaram calamidade financeira. Fornecedores deixaram de ser pagos e ainda há quem esteja recebendo o 13º salário de 2016 em parcelas de até 12 vezes. Infelizmente, esse foi o cenário assombroso da crise econômica que assolou o país.

No Acre, o governo precisou adotar diversas medidas de austeridade para que a população não sofresse os impactos mais drásticos da crise.

Houve redução de salários de comissionados, agentes políticos e dos próprios gestores. O governo cortou despesas e ampliou receitas.

Na contramão disso, houve a progressão dos resultados de uma nova economia, pautada no desenvolvimento de cadeias produtivas e alternativas econômicas que garantiram fôlego a diversas famílias no momento mais delicado de travessia da crise.

A microeconomia nunca foi tão consolidada. Em cinco anos, o governo entregou mais de R$ 30 milhões em pequenos negócios, beneficiando diretamente mais de 26 mil famílias nos 22 municípios do estado.

Era meta do governo que o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) dos servidores públicos do Acre fosse reajustado ainda no passado, mas como o estado atingiu os limites de gastos estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, não foi possível avançar nessa demanda.

Mas agora, com o envio dos projetos de lei que darão vida aos reajustes, o governador Tião Viana prova que a valorização profissional é uma das principais marcas de sua gestão, já que, mesmo diante de um cenário de crise econômica, em que as palavras “investimentos” e “progressão salarial” são praticamente lendas, o Acre avança numa demanda que representa mais de R$ 124 milhões de impacto financeiro na folha de pagamento do Estado.

Coragem ou ousadia? Bravura ou arrojo? É inegável que ações como essas traduzem uma gestão forte e perspicaz, que trabalha com criatividade e com muita força de vontade para construir os cenários das futuras gerações do Acre.

Sem recuar, sem cair, sem temer!

Ana Paula Pojo é jornalista