Parceria garantida pelo Governo do Estado gera nova dinâmica na saúde de Rio Branco ampliando número de consultas nas unidades
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Para agradecer os excelentes resultados alcançados na Saúde, o Governador Tião Viana reuniu todos os funcionários dos três centros de saúde envolvidos nesta primeira etapa do projeto de fortalecimento da atenção básica (Foto: Sérgio Vale/Secom)
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Para agradecer os excelentes resultados alcançados na Saúde, o Governador Tião Viana reuniu todos os funcionários dos três centros de saúde envolvidos nesta primeira etapa do projeto de fortalecimento da atenção básica (Augusto Hidalgo de Lima, São Francisco e Eduardo Asmar), no Sborba, na noite desta quarta-feira.
“Eu conheço a saúde pública desde antes do SUS, e não tem no Brasil nenhuma experiência que tenha alcançado este resultado em tão pouco tempo. Eu sei que não é fácil, que não é pouca coisa e sei qual é o esforço que cada um de vocês tem feito para garantir estes resultados. O que está acontecendo hoje na Saúde no Acre é um fenômeno e tenho certeza que este modelo será levado para todo o Brasil”, disse o governador Tião Viana.
Desafogar a rede pública de saúde em Rio Branco se tornou uma ação necessária para que toda a população pudesse ter saúde digna e de qualidade. Por isso, o governo do Acre realizou uma parceria com a prefeitura de Rio Branco e fortaleceu alguns dos postos de saúde do município para que eles fossem capazes de atender um número maior de pessoas.
Para isso, três postos de saúde foram transformados em Unidade de Referência em Atenção Primária, URAP. São elas: Augusto Hidalgo Lima, Eduardo Assmar e São Francisco. Com isso, as três unidades tiveram um aumento de 196,7% nos seus números de atendimentos, sem falar no número de exames laboratoriais, curativos, pré-natal e exames de prevenção do câncer. Com esse reforço médico no atendimento nos postos de saúde do município, houve também um importante reflexo nas Unidades de Pronto Atendimento, diminuindo o número de pacientes.
Os resultados são significativos: o posto de saúde Eduardo Assmar passou de 1.578 atendimentos em dezembro do ano passado para 6.288 em janeiro desse ano. Já o posto São Francisco teve um salto de 1.471 para 5.966. E o posto Augusto Hidalgo passou de 1.879 para 6.658 atendimentos. “O governo agora dá chance das pessoas terem melhor acesso aos serviços médicos sabendo que os pacientes vão chegar aqui e terão médico”, conta o coordenador do posto São Francisco, Leonardo Ribeiro.
O coordenador do São Francisco explica que o posto de saúde antes funcionava com a necessidade dos pacientes chegarem cedo para conseguirem uma ficha de atendimento. Agora o sistema não funciona mais dessa maneira. “Eu abro o posto de saúde às 6h30 e explico para todos os pacientes depois que eles se acomodarem que o atendimento agora é direto. Então alguns pacientes chegam às 17 horas, 17h30, e ainda serão atendidos”, reforça Leonardo Ribeiro.
O prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, também participou do encontro com as equipes de saúde no Sborba e ressaltou que não importa quem está fazendo a ação, o importante é que ela seja feita. “Pra mim não há diferença entre atenção básica ou complexa, tudo é problema de saúde e precisa ser resolvido. O esforço tem que ser integrado. Eu agradeço a parceria com o Governo do Estado porque a prefeitura não tem condições financeiras de dar um passo deste tamanho. Também agradeço a Deus, quando, lá atrás, nós decidimos reformar os postos e reestruturá-los. Caso contrário, agora, essa parceria não seria possível”.
Roney Meireles
O próximo centro de saúde a funcionar neste novo modelo proposto pelo Governo do Estado é o Roney Meireles. A mudança deve acontecer até meados de março. “Fico muito feliz com a continuidade desta parceria com o Governo, que está ampliando a ação para mais um centro de saúde”, disse o prefeito.
Mudança no atendimento
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Desafogar a rede pública de saúde em Rio Branco se tornou uma ação necessária para que toda a população pudesse ter saúde digna e de qualidade (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
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Com o sistema URAP, as unidades de saúde deixam de contar apenas com clínicos gerais e passam a ter também pediatria e ginecologia. As unidades agora trabalham com 4 clínicos gerais, 1 pediatra e 1 ginecologista por turno. Os atendimentos médicos vão das 7 às 19 horas, sem intervalo para o almoço. O posto de saúde Augusto Hidalgo da Silva além dos serviços médicos, conta com dentistas e também realiza pequenas cirurgias e suturas.
“Antes era uma loucura, as pessoas disputavam atendimento e as senhas. Em novembro do ano passado nós estávamos agendando para janeiro desse ano”, conta Mônica Brasileiro, coordenadora da unidade Augusto Hidalgo da Silva. Agora, com a celebração da parceria entre o governo e a prefeitura, não há necessidade dos pacientes chegarem aos postos de saúde de madrugada para esperar que os portões sejam abertos e eles tenham uma senha. Os atendimentos não param para almoço e os pacientes passam a se familiarizar ainda mais com seus médicos.
Francisco Afonso de Souza, de 55 anos, que já frequentou algumas vezes o posto de saúde São Francisco conta o quão surpreso ficou com as mudanças no atendimento. “Eu mesmo acho que aqui tá uma coisa maravilhosa”, conta ele se referindo à maior dedicação e tempo de consultas.
As unidades também dispõem de exame de prevenção do câncer do colo do útero (PCCU), além de equipes de enfermagem para acompanhamento de pré-natal. É o caso de Elissandra, que grávida de 8 meses, prestes a ter o seu menino, fez todo o acompanhamento na unidade de saúde e chega perto do fim da gravidez com tranquilidade e segurança. “Fiz todo o acompanhamento aqui, sempre fui muito bem atendida e estou muito tranquila”, conta a gestante.
Número de pacientes diminui nas UPAs
O reflexo da transformação dos postos de saúde em Unidades de Referência em Atenção Primária, URAP, já pode ser sentido, principalmente no índice de atendimentos das Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs. Nos últimos tempos, as UPAs estavam se sobrecarregando com a alta procura por atendimentos. Agora, com o fortalecimento da saúde básica tendo a atenção que merece, o sistema de saúde passa a ser mais desafogado e flui de melhor maneira, com a população se dirigindo mais para os postos de saúde.
Para se ter uma ideia da diminuição do número de atendimentos, a UPA Segundo Distrito atendeu no dia 3 de janeiro quase 950 pacientes, já no dia 30 do mesmo mês esse número foi de apenas 550. No geral, houve uma média de 300 pacientes a menos por dia na unidade.
