Tião Viana recebe homenagem do Morhan em Cruzeiro do Sul

A homenagem foi carregada de emoção, reconhecimento e agradecimento a Tião Viana (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
Homenagem foi carregada de emoção, reconhecimento e agradecimento a Tião Viana (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

“Você nos ajudou a conquistar a liberdade.” Esta é a mensagem que dá as boas-vindas ao homenageado desta quinta-feira, 29, do Movimento de Reintegração dos Hansenianos (Morhan) em Cruzeiro do Sul, o governador Tião Viana. A iniciativa é para reconhecimento e agradecimento a Tião por sua autoria, quando senador, da Lei 11.520, de 2007, que garante a toda pessoa isolada à força pelo Estado em um leprosário uma pensão indenizatória vitalícia.

Com carinho e muita alegria, a sede do Morhan em Cruzeiro foi ocupada por pessoas afetadas pela hanseníase e familiares, muitos dos quais sofreram com o preconceito nacional que isolava os portadores da doença.  “O dia em que o presidente Lula decidiu pela medida provisória foi o mais humano da história do poder brasileiro. Pessoas esquecidas pela história foram abraçadas em reconhecimento e reposição de danos pelo governo brasileiro. Quando o presente Lula entrou na sala, as lágrimas desceram”, relembra Tião Viana.

Durante a apresentação de depoimentos gravados, foram diversos os ganhos vistos – carro, casas e sonhos puderam ser construídos a partir da indenização recebida. “Eu queria agradecer ao governador por ter permitido que eu realizasse um sonho, o de comprar uma casa maior, em que meus netos pudessem brincar”, reconhece Manoel Alves da Silva.

“Esse reconhecimento mostra como as pessoas estão com muita bondade no coração, porque estão sentido esperança. As indenizações foram de 40 a 90 mil reais, mais o salário para quem esteve internado”, afirma o governador. O lema estampado nas paredes complementa as palavras de Tião: “O Morhan é uma luta pela vida; em consequência, uma luta pela justiça”.

Élson Dias da Silva, coordenador estadual do Morhan no Acre, rememora o impacto da lei: “No Brasil todo, ela beneficiou mais de dez mil pessoas – no Acre foram mais de 600. Hoje estamos aqui reconhecendo a qualidade de vida que esses seres humanos tiveram”.

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