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Quando Edson Ferreira descobriu que ia receber a visita do governador Tião Viana na sua nova casa, ele quase não acreditou. Acreditou menos ainda quando o governador, acompanhado dos ministros da Integração Nacional, Francisco José Coelho Teixeira, e das Cidades, Gilberto Magalhães Occhi, descobriu que o dia da entrega da casa era o mesmo de seu aniversário e trouxeram um bolo na visita da casa 19, na quadra 13B, e ainda cantaram parabéns. De mudança com o filho ainda hoje, Edson não escondeu: “Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida”.
Essa foi apenas uma das emoções de um dia histórico para o Acre, quando o governador Tião Viana entregou na manhã desta quinta-feira, 22, as primeiras 392 unidades da Cidade do Povo, o maior projeto habitacional do estado, parte do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida. A primeira etapa da entrega de casas tem um investimento de R$ 24 milhões, mas a Cidade do Povo é muito mais que isso – é um universo de 10.518 unidades habitacionais, totalizando um investimento de R$ 1,1 bilhão, resultando no maior bairro planejado de todo o Acre, quase uma nova cidade, que abrigará mais de 60 mil pessoas.
“Entendo que aqui é um momento muito importante da nossa história. Porque aqui há um pacto de transformação da vida do povo brasileiro, e o Acre está presente nessa rota. Temos um projeto habitacional, com esgotamento sanitário e água 24 horas. Sábado está prevista a temperatura mínima de 13°C, a conhecida ‘friagem’, e as pessoas vão poder tomar banho de água quente, porque é política de estado da presidente Dilma ter aquecedor em todas as casas. E este é um momento de gratidão, porque aprovar um projeto de R$ 1 bilhão para a Amazônia não é fácil”, disse o governador Tião Viana, sempre ressaltando seus agradecimentos à presidente da República.
A revolução da história habitacional do Acre começou no dia 26 de maio de 2012, quando o governador Tião Viana assinou a ordem de serviço para a construção da primeira etapa do projeto. A Cidade do Povo fica localizada na BR-364, quilômetro 5. A primeira etapa engloba a construção de 3.300 moradias, todas entregues para as famílias que vivem nas áreas de risco de Rio Branco. Essas famílias estão inseridas em uma delimitação que compreende uma maior incidência de desabrigados pela enchente nos bairros Baixada da Colina (São Francisco), Ayrton Senna, Cadeia Velha II, Baixada da Habitasa, Seis de Agosto, Triângulo Novo, Preventório, Cidade Nova, Base, Capitão Ciríaco, Adalberto Aragão e Taquari.
Segundo o ministro das Cidades, Gilberto Occhi, só os investimentos de mobilidade urbana anunciados para o Brasil são de R$ 143 bilhões, enquanto o Minha Casa Minha Vida já consumiu até hoje R$ 240 bilhões. “Estamos vivendo um momento único de trazer investimentos para quem mais precisa neste país. Porque estamos devolvendo aquilo que o brasileiro contribui para o governo”, ressaltou Occhi.
Após a entrega das casas e a mudança dessas famílias para a Cidade do Povo, a Secretaria de Estado de Habitação de Interesse Social (Sehab) vai continuar realizando o acompanhamento dos beneficiários com trabalho de pós-ocupação, quando serão realizados cursos profissionalizantes como corte e costura, paisagismo e as oficinas de educação sanitária e ambiental, educação patrimonial e atividades socioambientais.
Estrutura completa
Mas a Cidade do Povo não é apenas habitação. É um projeto completo, com infraestrutura de segurança, saúde, educação e comércio. Só para a primeira etapa, o governo do Estado assinou duas ordens de serviço para a construção de uma escola de ensino fundamental e uma de ensino médio. Com uma unidade concluída, a Escola Raimunda Silvia Pará, por enquanto, terá turmas de todas as séries – da educação infantil ao ensino médio. Estão previstos 680 alunos a partir de agora, mas a escola tem capacidade para 1.080. Além das salas de aula, a escola tem refeitório, biblioteca e laboratório de informática.
Para o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, o projeto Cidade do Povo é surpreendente. Ele, que prolongou o orçamento do aluguel social para famílias que perderam a casa, lembra que o governador disse que seria por pouco tempo, até entregar as primeiras residências. “Quando o Tião me mostrou as fotos aéreas, eu ficava admirado. Como o estado do Acre era capaz de fazer um projeto habitacional como esse? No fim das contas, fico feliz por ter participado desse empreendimento”, relata Francisco.
Para o comércio, a Cidade do Povo contará neste primeiro momento com a “Galeria do Povo”, que terá pensões, mercantis, açougues e outros serviços prontos para as primeiras 392 famílias. Como estrutura definitiva, o governo do Estado já iniciou em janeiro deste ano a construção do Mercado Central da Cidade do Povo. No local, alimentos típicos de mercado serão comercializados para o consumo das famílias pertencentes ao novo bairro de Rio Branco.
A UPA da Cidade do Povo deve ficar pronta até o mês de junho, e não atenderá apenas as 55 mil pessoas que devem morar nas mais de 10 mil casas que serão construídas, mas também de sete bairros da região, totalizando uma população de cerca de 70 mil pessoas. Já para a segurança, está garantido o atendimento em um posto policial provisório, com guarnição integrada das polícias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros.