A revista britânica The Economist, importante publicação econômica mundial, divulgou nesta sexta-feira, 30, uma matéria intitulada “O novo ‘boom’ da borracha” (The new rubber boomlet), em que aponta o Acre como estado brasileiro pioneiro numa abordagem de desenvolvimento que busca tirar o máximo da floresta. A repórter Helen Joyce, daquela publicação, visitou o Acre no começo de novembro e na ocasião aproveitou para entrevistar o governador Tião Viana, que falou sobre os avanços que o Estado tem registrado na preservação ambiental e na garantia de uma vida mais digna ao homem da floresta, com atividades como a certificação ambiental.
Para a produção do artigo, a jornalista conta que visitou a fábrica de preservativos Natex e a Usina de Beneficiamento de Castanhas em Xapuri. Helen também esteve em Feijó, onde entrevistou produtores rurais que estão fazendo parte do Programa Estadual de Certificação Ambiental. A ação remunera produtores rurais que atuam na conservação da floresta e recuperam áreas degradadas dentro de suas propriedades. Os produtores também são incentivados a deixarem de utilizar o fogo e outras técnicas prejudiciais ao meio ambiente.
O resultado final é uma matéria que faz um breve apanhado histórico dos ciclos da borracha e mergulha na “nova fase da borracha”, dando ênfase ao papel do seringueiro. O nome de Chico Mendes é citado principalmente ao lembrar a fundação das cooperativas e sua luta pela valorização dos extrativistas. E relembra o zoneamento e projeto de preservação das florestas com o objetivo delas gerarem dinheiro estando em pé, conceito aplicado desde 1999.
Em seguida fala sobre a indústria de polpa de fruta, dirigida pela Cooperacre, e a fábrica de camisinhas Natex, única produtora de camisinhas com látex de seringueiras selvagens e que compra matéria prima de 700 famílias produtoras, pagando acima da taxa de mercado. Na visita a Feijó, a repórter retratou um grupo de 32 famílias de lá que estão usando técnicas desenvolvidas na Universidade de Brasília (UNB) para processar látex no próprio local.
A recuperação de ramais e a BR-364 também foram destaque, com as vantagens que têm resultado na vida das pessoas que até então viviam isoladas e hoje estão integradas a todo o estado, além dos incentivos para a produção agroflorestal, considerando que com castanha, borracha e açaí uma família pode conseguir até R$2 mil por mês.
A revista apresenta ainda o resultado de todos esses investimentos dizendo que, “por mais de uma década a taxa de crescimento econômico do Acre tem sido maior do que a média brasileira. Suas escolas e serviços de saúde melhoraram, e a pobreza e o analfabetismo caíram muito mais do que a média”.
Para ler a matéria completa (em inglês) acesse o site: http://www.economist.com/news/