Thaumaturguenses comemoram 112 anos de luta para se manter no território acreano

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Município situa-se à margem esquerda do Rio Juruá, na foz do Rio Amônia (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Marechal Thaumaturgo, município com pouco mais de 16 mil habitantes, lutou para ser território acreano como o Acre lutou para ser brasileiro. O ano era 1904. O cenário? O saudoso Seringal Minas Gerais – Foz do Rio Amônia, na época um distrito da cidade de Cruzeiro do Sul.

Foram meses de tensão e conflito na região onde o governo peruano focalizava todas suas forças tentando ocupar o território.

O episódio para garantir que as terras permanecessem como território acreano foi denominado de “A Batalha do Amônia” ou “Guerra da Trincheira”

Em 5 de novembro de 1904, depois de três dias de luta armada, os peruanos se renderam, e o brasileiros, comandados pelo então prefeito da região do Alto Juruá, o militar Marechal Thaumaturgo de Azevedo, saíram vitoriosos.

Hoje, 112 anos depois, os thaumaturguenses comemoram com orgulho essa fase da história do município: a luta para se manter em território acreano.

Mas o status de município só veio em 1992, quando se desmembrou da condição de distrito de Cruzeiro do Sul para a cidade de Marechal Thaumaturgo, pela lei estadual nº. 1029, de 28 de abril de 1992, sancionada pelo então governador Edmundo Pinto, um mês antes de ser assassinado.

De 1904 a 2016, o cenário é outro, as conquistas são outras. O Seringal Minas Gerais ficou no passado, e o presente é a cidade de Marechal Thaumaturgo, uma homenagem ao seu fundador.

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