Técnicos do Instituto de Defesa Agropecuário e Florestal do Acre (Idaf), em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), visitaram na última sexta-feira, 26, os produtores participantes do Plano de Desenvolvimento Sustentável (PDS), na Baixa Verde, em Rio Branco, a fim de inspecionar e incentivar o combate ao mandarová, uma das pragas mais perigosas na cultura da mandioca.
Por meio de ações de educação sanitária, palestras e distribuição de materiais educativos, os produtores foram orientados a identificar o tipo de mariposa responsável pelos ataques, que ocorrem a cada quatro anos, em plantações de macaxeira.
De acordo com a coordenadora do Programa de Sanidade das Grandes Culturas do Idaf, Ligiane Amorim, quanto antes o mandarová for identificado, mais rápido será agir e minimizar os estragos nas plantações. “É importante que o produtor conheça o ciclo de vida da praga e realize o monitoramento no plantio, pois assim identificará o estágio em que está o inseto e definirá a melhor estratégia de controle a ser utilizada na propriedade”, explicou.
O Idaf trabalha com medidas preventivas que visam impedir e identificar a entrada do vetor na região, orientando o agricultor para que, pelo menos duas vezes na semana, principalmente em tempos chuvosos, visite a lavoura e verifique se existem ovos e lagartas ainda pequenas, a fim de evitar prejuízos.
Para o produtor rural da Baixa Verde Marciano da Silva, o trabalho da equipe do Idaf em campo serve como alerta para evitar a propagação da praga. “Foi uma reunião muito boa, porque tivemos muito conhecimento sobre a praga. E, agora, vamos colocar em prática tudo o que ouvimos e debatemos na reunião”, afirmou.
É importante que os agricultores conheçam as diferentes fases do ciclo do inseto, as ferramentas que precisam usar, a quem devem procurar e as estratégias de combate, como instalação de armadilhas luminosas a, no mínimo, cinco metros de altura, para detectar o mandarová em sua fase adulta.
Sobre o mandarová
O mandarová é a principal praga da cultura da mandioca, podendo destruir totalmente as folhas e ramos mais finos, consumindo entre 12 a 13 folhas de mandioca por dia.
Possui fases, diferenciadas pelo tamanho do inseto, principalmente pela forma e coloração do apêndice abdominal ou chifre caudal, que se parece com uma seta.