Uma parceria entre a Secretaria de Estado de Pequenos Negócios (SEPN) e o Instituto Socioeducativo do Acre (ISE) vai proporcionar uma nova atividade profissional aos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em Rio Branco. Ao todo, 20 jovens serão beneficiados com uma qualificação em panificação. A iniciativa também vai envolver as famílias.
Nesta segunda-feira, 11, o titular da SEPN, Henry Nogueira, o gestor do ISE, Rafael Almeida, e a secretária de Estado de Ciência e Tecnologia, Renata Souza, visitaram as instalações da cozinha do Centro Socioeducativo do Acre, onde irá suceder a atividade. Toda a produção de pães realizada durante o curso será destinada ao consumo dos internos.
A iniciativa pretende fomentar a criação de uma cooperativa mista entre os jovens, seus familiares e a comunidade. “Vamos otimizar o espaço da cozinha que está disponível com a produção de pães. Além disso, queremos formar uma cooperativa, com o propósito de gerar trabalho e renda com inclusão social na comunidade”, explicou Henry.
Há um ano e três meses cumprindo medida no ISE, “Antônio” (nome fictício), 17 anos, está ansioso para iniciar a nova atividade.
“O tempo que passei aqui serviu para que eu refletisse sobre os meus atos. Quero muito participar das atividades na padaria para ocupar a mente e adquirir uma profissão”.
“Antônio” (nome fictício), 17 anos, socioeducando
Rafael Almeida observa a importância da atividade para a vida profissional dos jovens: “A nossa equipe técnica identificou o interesse dos adolescentes em participar de cursos profissionalizantes, para que quando saiam daqui possam gerir seu próprio negócio ou serem inseridos no mercado de trabalho”.
Comercialização
A cozinha tem capacidade para produzir aproximadamente mil pães por dia, a mesma quantidade que é consumida diariamente no Centro Socioeducativo. Segundo Almeida, o ISE vai comprar os pães fabricados pela cooperativa para consumo da unidade. No segundo momento, o projeto prevê a comercialização dos produtos. O ISE será um dos principais clientes do grupo.
“O Instituto vai comprar parte da produção da cooperativa, a outra nós queremos vender para a comunidade. A renda será destinada aos cooperados. A ideia é que mais no futuro possamos montar uma padaria comunitária, envolvendo os adolescentes, seus familiares e a própria comunidade do entorno”.
Rafael Almeida, gestor do ISE