Arboviroses são doenças como dengue, chikungunya, zika e outras transmitidas por mosquitos
O objetivo da reunião foi conhecer o cenário de doenças como dengue, chikungunya, zika e outras transmitidas por mosquitos em nível de Brasil e, também, de estado, para assim alinhar estratégias de controle e combate. As discussões foram realizadas na manhã desta segunda-feira, 2, em que estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), e equipe do programa de arboviroses, do Ministério da Saúde (MS).
A visita técnica de assessoria do MS foi planejada junto à Sesacre, tendo em vista o cenário em que o estado se encontra hoje em relação à dengue. Segundo a chefe do Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial, Márcia Andrea, a iniciativa foi planejada para que os profissionais fossem atualizados sobre as pesquisas em relação às arboviroses.
“Esse apoio foi solicitado para que o MS trouxesse uma atualização sobre as pesquisas e projetos que o ministério estará implantando em breve para melhorar tanto a parte de vigilância do vetor, quanto a organização dos serviços de assistência”, destacou Márcia Andrea.
O foco da reunião ficou sobre a questão da dengue, precisamente na região do Juruá, em que houve surto e óbito. Os profissionais debruçaram-se sobre algumas características e dificuldades encontradas que dificultam o trabalho do profissional de saúde no combate à doença.
“Nós estamos discutindo os pontos em que temos sentido dificuldade em estar implementando nas nossas ações e, em conjunto com eles, estamos discutindo algumas propostas que virão de forma oficializada, após essa visita”, explicou a chefe do Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial.
Visita a Cruzeiro do Sul
A Atenção Primária é o ponto estratégico para que os municípios possam controlar o aumento de tais doenças. Assim, Márcia Andrea explica que a equipe do MS e representantes da Sesacre estarão reunidos com a Saúde do município de Cruzeiro do Sul para debaterem o cenário da dengue na cidade.
“A Atenção Primária é essencial para o êxito das ações e a gente sabe que nas ações de controle de doenças transmitidas por vetores nós precisamos da participação de todos, inclusive de outras secretarias que estão diretamente envolvidas, como secretarias de educação, de obras e limpeza urbana”, pontuou Márcia.
Após realizada toda essa análise sobre a questão da dengue nos municípios, segundo Márcia, será proposta a atualização do plano de contingência para epidemias de dengue, dentro da realidade de cada local.
“Até onde eu posso caminhar? Em que momento eu preciso da ajuda do Estado e do Ministério? Esse plano tem que explicitar, ser apresentado ao conselho municipal de saúde, gestores locais para que ele seja aprovado”, salientou Márcia Andrea.
A chefe do Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial destaca ainda que é necessária a atualização desse plano de forma rápido, e que tal ação ficará por anos, independente da troca de gestores.
“Vamos ter eleições municipais e a forma como esse plano fica definida no papel e aprovada, a mudança de gestores não irá interferir”, finalizou Márcia Andrea.
Estiveram presentes na reunião representantes de setores da Sesacre, Ministério da Saúde, Ministério Público, Saúde do município de Rio Branco e presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde.