Com a chegada do inverno amazônico e a elevação dos níveis dos rios, várias enchentes se tornam corriqueiras nos estados e municípios da Região Norte. As cheias dos rios Acre, Tarauacá, Juruá, Iaco e Riozinho do Rola, por exemplo, trazem doenças como leptospirose, hepatites A e E, febre tifoide, cólera e dengue para as populações afetadas pela alagação.
Entre as doenças mais comuns está a leptospirose, causada por uma bactéria transmitida principalmente pela urina de ratos. “Essa bactéria se reproduz na água e em solos úmidos. Ela penetra na pele e nas mucosas dos seres humanos, quando eles entram em contato com a água ou com a lama das enchentes. Os principais sintomas são febre, náuseas, diarreia, dores musculares e de cabeça, podendo se tornar uma infecção grave quando atinge os rins, o fígado e o baço, em alguns casos”, explica o médico veterinário da área técnica de Zoonoses da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Tarcísio Teixeira.
Teixeira acrescenta que, para prevenir a leptospirose, as pessoas têm que evitar o contato com água e lama contaminadas e nunca consumir água ou alimentos que tiveram contato com as enchentes.
Conscientizar é a melhor forma de combater a doença
O governo do Acre, por meio da Sesacre, realiza campanhas de educação em saúde para orientar a população, visando mudar os hábitos que favorecem a proliferação dos roedores que transmitem a leptospirose.
Em janeiro de 2014, o estado registrou 61 casos de leptospirose confirmados. No mesmo período deste ano, já foram registrados mais de 190 casos suspeitos da doença – nenhum confirmado ainda. A área técnica de Zoonoses da Sesacre ressalta, ainda, que em 2014 e até o dia 29 de janeiro deste ano não foi registrada morte em decorrência da doença.