O conjunto de materiais recém-chegados ao programa Saúde na Escola é novidade para a psicologia no serviço público do Acre.
Os testes já estão sendo utilizados nos atendimentos psicológicos, que acolhem crianças das escolas da rede estadual de ensino que estejam vivenciando problemas no seu desenvolvimento psicossocial.
A equipe formada por quatro psicólogas trabalha com foco na relação do processo ensino/aprendizagem do aluno. No decorrer desta semana, elas estiveram reunidas para fazer um estudo sobre os testes que vão auxiliar no acompanhamento dos estudantes.
Segundo as profissionais, com os novos exames, será possível fazer uma avaliação mais precisa dos pequenos pacientes, podendo diferenciar os quadros de dificuldade de aprendizagem em diferentes níveis.
O material é de uso exclusivo de profissionais da psicologia e servirá para melhor investigação cognitiva do aluno. “Com esses novos testes usados no nosso dia a dia, vamos poder passar para os professores a real necessidade de aprendizagem de cada criança assistida por nós”, garante Tatiana Braga, psicóloga do programa Saúde na Escola.
A expectativa, segundo Tatiana Braga, é poder contribuir para um melhor diagnóstico aos alunos avaliados.
“Buscamos sempre um tratamento mais preciso, de acordo com as peculiaridades do nosso público, para que possam receber da equipe médica um diagnóstico correto, para assim obter também um tratamento correto”, afirma.
As profissionais ficam responsáveis por 16 escolas a cada ano até concluir o atendimento aos alunos, depois mudam para outras instituições que também apresentem necessidade de acompanhamento terapêutico.
Psicologia Escolar
O programa é uma ação do Governo do Estado, realizado por meio da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), que beneficia alunos, prioritariamente, do primeiro segmento do ensino fundamental, por se tratar de uma faixa etária que necessita de maior acompanhamento.
Os alunos são atendidos por intermédio de encaminhamento médico ou ofício emitido pela instituição.
A psicologia escolar não realiza atendimento clínico, ou seja, não realiza tratamento para transtornos de ordem emocionais, mas se atém em uma análise de compreensão das dificuldades que interferem diretamente no processo educacional. Verificando a necessidade de acompanhamento terapêutico, a criança é encaminhada para a rede de atendimento, numa unidade de saúde.
Os pais dos alunos assistidos são diretamente envolvidos na ação, participando de reuniões e sessões entre alunos, professores e a família. As queixas mais encontradas junto à escola referem-se a: desatenção, desinteresse, apatia, agitação psicomotora, baixo rendimento de aprendizagem, agressividade e pouca habilidade na relação professor-aluno.
As principais ações nas escolas referem-se a: orientação psicológica familiar, planejamento junto aos professores, palestras/oficinas com pais e professores, avaliação e acompanhamento psicológico com aplicação de testes aos alunos, monitoramento e resolução de problemas e conflitos.