Serviço de manutenção do Depasa atendeu mais de 600 chamados este ano

O sistema de água e esgotamento sanitário de Rio Branco é formado por estruturas e instalações complexas. A manutenção para garantir o pleno funcionamento do sistema é um dos desafios diariamente impostos às equipes de gestão e operações do Departamento Estadual de Água e Saneamento (Depasa).

Na capital, o sistema opera com 2 estações de tratamento de água (ETA’s), 11 reservatórios de água, 4 estações de tratamento de esgoto (2 em pleno funcionamento, 1 pronta para entrar em funcionamento e 1 em construção), estações de tratamento de esgoto compactas estruturadas para atender principalmente conjuntos habitacionais, e fossas filtro, que coletam esgotos de bairros como Mocinha Magalhães, Calafate, Jequitibá, além dos sistemas interligados de distribuição de água ou coleta de esgoto. As manutenções preventivas e corretivas mobilizam, diariamente, mais de 100 pessoas, entre gestores, técnicos, operadores de estações, encanadores, eletricistas, motoristas e serviços gerais.

A manutenção do sistema de água envolve cerca de 60 pessoas, sendo que 40 estão organizadas em 5 equipes que atuam nos trechos. São os profissionais que trabalham em regime de escala, com plantões em fins de semana e executam 400 ordens de serviço ao mês, em média. No primeiro bimestre deste ano o número de atendimento já passa de 600. O trabalho contempla serviços de manutenção hidráulica, ramais de redes de água, adutoras e todas ações com intenção de evitar o desperdício de água tratada.

Diretoria acompanha de perto o trabalho das equipes que atuam diariamente e com plantão aos fins de semana. Foto Sérgio Ronney/Secom

Para o coordenador da Divisão de Manutenção Hidráulica do Depasa, Carlos Gardel Andrade de Souza, a maior dificuldade ainda enfrentada é o alto índice de rompimento de adutoras. “Com um sistema antigo, precisando ainda de muitos investimentos, a operação não ocorre como deveria e isso, em algum momento, acaba aumentando a pressão na rede e causando o rompimento de adutoras”, explica.

Além das manutenções de prevenção e correção previamente programadas, dia e noite, faça chuva ou sol, Gardel e sua equipes entram em ação sempre que uma emergência exige intervenção imediata. É o pessoal que está sempre de prontidão para atender os chamados do usuário, via telefone, internet ou mesmo pelos veículos de comunicação. “O objetivo é sempre combater o desperdício e garantir que a água chegue ao usuário”, lembra o coordenador da Divisão de Manutenção Hidráulica do Depasa.

De acordo com o diretor-presidente do Depasa, Zenil Chaves, o plano para reduzir o índice de rompimento de adutoras já está em execução. “Nossa meta é que num prazo de seis meses já tenhamos pelo menos 50 por cento dos bairros recebendo água todos os dias. Dessa forma estaremos evitando entradas de ar, aumento da pressão no sistema e, consequentemente, reduzindo o índice de rompimento de adutoras”.

Rede coletora de esgoto 

Para resolver as demandas relativas a esgotamento sanitário, outras frentes também vão a campo todos os dias. As operações mobilizam cerca de 60 pessoas, 15 atuam nos trechos para manutenção preventiva e corretiva da rede de coleta de esgoto. O trabalho inclui desobstrução da rede e caixas de coleta, além da recuperação de trechos danificados. Para a execução dos serviços as equipes contam com 3 caminhões tatuzão, ferramentas, equipamentos de proteção individual (EPI’s), caçambas, retroescavadeiras.

“A estrutura é mobilizada sempre em função da necessidade, do tamanho da intervenção”, observa Juscyhelisson Oliveira, chefe da Divisão de Sistema de Esgotamento Sanitário de Rio Branco.

A equipe trabalha com programação diária, atendendo também demandas urgentes. “Além do trabalho de rotina programado, atendemos sempre demandas urgentes solicitadas pelos usuários”, explica Juscyhelisson. Considerando o crescimento acelerado e o tamanho da população.

“Se consideramos que Rio Branco conta com uma população de mais de 400 mil habitantes, o ideal seria contarmos com pelo menos 5 tatuzões e o dobro de pessoal. O governo, por meio do Depasa não tem medido esforços para melhorar essa condição. Enquanto chegam os investimentos, trabalhamos com toda a garra para fazer um serviço de qualidade. A dificuldade de estrutura a gente supera com a força dos recursos humanos e boa logística. Atualmente, buscamos trabalhar de forma regionalizada. Se programamos uma ação na Sobral, por exemplo, buscamos identificar todas demandas enquanto toda estrutura está montada naquela área, dessa forma otimizamos tempo e recursos”, explica Oliveira.

Bom uso

Para além de mais investimentos, toda dedicação do pessoal do Depasa e todo esforço em investimentos e boa logística, a manutenção da rede coletora de esgoto conta sempre com a colaboração dos usuários em fazer bom uso da rede implantada. Ainda com frequência, ligações irregulares e ações de vândalos prejudicam as estruturas e instalações sobrecarregando as equipes de manutenção e trazendo transtornos à população. Situações que o governo, por meio do Depasa, vem combatendo com ações educativas para informar à população como identificar e usar a rede de esgoto.

“Com frequência pessoas confundem rede de drenagem da água da chuva com rede de esgoto e ali deixam entrar resíduos que acabam por entupir a rede. Essa é uma situação que todos os dias também trabalhamos para evitar”, lembra Juscyhelisson.

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