Em entrevista concedida ao jornal Bom Dia Rio Branco, na manhã desta terça-feira, 27, o secretário de Estado de Saúde, Armando Melo, destacou, entre outros assuntos, a redução do tempo de espera para cirurgias e os transplantes de órgãos realizados no estado.
O programa de transplante no Acre teve início em 2006, considerado um serviço de mais alta complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo referência mundial para outros países, no que se refere à rede pública de saúde nacional.
“Atualmente, o estado realiza transplantes de rim, fígado e córnea, ou seja, já foram feitos 179 de córnea, 66 de rins e seis de fígado. É muito difícil convencer a família de um potencial doador a liberar o paciente que teve morte encefálica para doar órgãos”, explicou o secretário.
Melo acrescentou, ainda, que no Hospital das Clínicas (HC) de Rio Branco há uma Central de Transplante composta por médicos nas áreas de nefrologia, urologia, cirurgia e clínica-geral, além de enfermeiros e outros profissionais que realizam as captações de órgãos e são responsáveis pelo processo de transplantes no estado – trabalho que envolve desde a captação de órgãos e tecidos, e a seleção de receptores até o transplante propriamente dito.
No último fim de semana, o HC realizou seis transplantes de órgãos. Por meio de duas doações, foram salvas seis vidas, com dois transplantes de fígados e quatro de rins. “Os transplantes são feitos em nosso estado e a equipe é composta por profissionais do Acre, coordenada pelo médico especialista Tércio Genzini, de São Paulo”, ressaltou o secretário.
Armando Melo anunciou, também, que existe a previsão de o Acre realizar transplante de pâncreas e ossos, em Rio Branco, e de rim, em Cruzeiro do Sul, até o fim deste ano. Outros investimentos para o Vale do Juruá serão postos em prática, como o serviço de neurocirurgia e o fortalecimento da atenção primária.