A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio da Divisão de Vigilância em Saúde, emitiu na última quinta-feira, 13, nota técnica que alerta sobre surto de sarampo em alguns Estados brasileiros e em vários países. O Acre não está entre os Estados atingidos pela epidemia, mas é importante que todos os municípios mantenham sua área de abrangência em total vigilância a qualquer caso suspeito dessa doença.
De acordo com a gerente do Departamento de Vigilância em Saúde, Izanelda Magalhães, a nota técnica visa informar aos viajantes que saem do Estado e aos que retornam de viagem sobre o risco de contrair a doença, fortalecer a vacinação de profissionais de saúde e educação e intensificar e implementar as ações de vacina contra sarampo e rubéola (vacina tríplice viral) na população alvo.
“É importante que as pessoas se imunizem contra as doenças virais, e a melhor forma de fazer isso é tomando as vacinas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. As vacinas são gratuitas e já fazem parte do calendário vacinal da criança – basta ir aos centros de saúde com a carteira de vacina em mãos”, informa Izanelda.
O vírus do sarampo foi eliminado há mais de 10 anos, mas ainda circula nos países dos continentes europeu e asiático. No dia 21 de janeiro deste ano, foi confirmado o primeiro caso da doença em Bauru, São Paulo. Até a 21ª Semana Epidemiológica (SE), foram confirmados 23 casos: 5 em São Paulo, 2 em Minas Gerais, 14 em Pernambuco, 1 na Paraíba e 1 em Santa Catarina. Em 2011, o Brasil apresentou surto de sarampo, totalizando 43 casos confirmados. A reintrodução se deu através de vírus oriundo da Europa.
Pelo mundo, observa-se circulação endêmica do vírus do sarampo na África, Ásia e Oceania. Há informação do aumento do número de casos, incluindo mortes, no Congo, Uganda e Paquistão.
A vacina contra o sarampo é injetável e faz parte do calendário básico de vacinação da criança, sendo administrada em duas doses: a primeira depois de 1 ano de idade e a segunda aos 4 anos. Caso o turista não saiba se já tomou as duas doses na infância, é possível receber uma dose única da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba.
“As pessoas que estão suscetíveis e forem viajar – para os países ou Estados onde estão ocorrendo casos de sarampo – devem tomar a vacina pelo menos duas semanas antes da viagem, para que o organismo consiga formar os anticorpos, mas o ideal é tomar de um a dois meses antes do embarque”, alerta Magalhães.
O que é o sarampo:
Causado por um vírus, o sarampo é caracterizado por manchas vermelhas no corpo. A transmissão ocorre por via respiratória. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a mortalidade entre crianças saudáveis é mínima, ficando abaixo de 0,2% dos casos. Nos adultos, essa doença é pouco observada, mas como a forma de contágio é simples, os adultos devem ser imunizados para proteger as crianças com quem convivem.
É altamente transmissível, podendo ter apresentação grave e culminar com complicações sérias, como pneumonia e encefalite, e pode potencialmente levar à morte. Após exposição a um caso de sarampo, praticamente todos os indivíduos suscetíveis adquirem a doença. O vírus pode ser transmitido 5 dias antes e 5 dias após a erupção cutânea (exantema).
Todo paciente que, independentemente da idade e do estado vacinal, apresentar febre e exantema maculopapular (manchas avermelhadas), acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais: tosse, coriza e/ou conjuntivite, pode ser um caso suspeito.
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