Neste sábado, 8, a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) e a Polícia Militar do Acre (PMAC) realizaram algo inédito: uma oficina sobre ação policial, jornalismo e assessoria de imprensa. Participaram da dinâmica, em Rio Branco, 46 alunos-oficiais aprovados no concurso público realizado em 2016.
A atividade faz parte das horas-aula da disciplina Mídia e Segurança Pública, que está pela primeira vez no currículo militar acreano e tem o intuito de fortalecer a imagem institucional da corporação e a relação com jornalistas. Esta também é a segunda vez que a PMAC qualifica seus cadetes no próprio estado por meio do Curso de Formação de Oficiais (CFO).
Realizaram o encerramento da disciplina, à convite da PMAC, o coordenador de jornalismo da Secom, Andrey Santana, e o diretor executivo da Fundação Aldeia de Comunicação (Fundac), Alexandre Nunes.
Para a capitã Marta Renata, que ministra a disciplina, o olhar mais atento às questões que envolvem a relação das forças de segurança com aqueles que produzem a notícia se deu, sobretudo, pela necessidade de treinar o efetivo para lidar com o conteúdo das redes sociais, além de levar cada vez mais ética profissional ao vínculo com as mídias tradicionais, como o rádio e a televisão.
“Queremos que todos saibam utilizar os veículos de comunicação disponíveis, de modo que se sintam parte da corporação e, portanto, sejam corresponsáveis pelo zelo da imagem dela”, enfatizou.
Gerenciamento de crises e a relação com a imprensa
Na prática, os alunos participaram de grupos de trabalho com simulações de cinco cenários do cotidiano policial e situações de crise envolvendo a relação entre segurança e imprensa. O coordenador de jornalismo da Secom destacou a importância de se construir essa aproximação das ações da Segurança Pública com a população que merece ser informada.
“É um desafio fazer a comunicação no dia a dia e consideramos uma conquista essa disciplina pela primeira vez presente nessas formações. Aqui, temos a oportunidade de construir junto com esses alunos uma corporação mais transparente e que tenha a tranquilidade de informar à sociedade daquilo que ela faz, principalmente, numa linguagem simples que todos possam entender totalmente o que está sendo dito”, disse.
Presente na oficina, a cadete Juliana Gonçalves pontuou que a disciplina serviu para fazer o resgate da identidade da própria instituição, do ponto de vista de quem a compõe e da sociedade que a enxerga: “A comunidade precisa conhecer o nosso trabalho e a imprensa é a aliada que temos para construção da nossa imagem”.