Estado realiza 1º Encontro Estadual de Saúde Bucal

Pela primeira vez na história, odontólogos do estado se reúnem para discutir melhorias de ações já existentes e a implantação de novas no 1º Encontro Estadual de Saúde Bucal, nesta quarta-feira, 11. O evento foi promovido pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do Departamento de Ações e Planejamento Estratégico (Dape).

O encontro é uma parceria entre Sesacre, Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) e Núcleo Estadual do Ministério da Saúde (Nems) e ocorre nos dias 11 e 12 de dezembro. 

O evento está proporcionando a integração entre os odontólogos do estado e demonstra o empenho da Sesacre em promover cada vez mais uma saúde de qualidade, olhando todos os pontos de atenção, disse o médico Ribamar Costa que esteve presente, representando o secretário de estado de saúde. 

“É uma ação, um interesse do secretário de saúde, o doutor Alysson, em promover e dar um foco sobre a saúde bucal do Estado do Acre. Nós sabemos que o paciente do SUS deve ser tratado integralmente, e a gente não pode ver só a parte médica, a gente tem que ver a saúde odontológica”, enfatizou Ribamar. 

Não é uma questão apenas estética, a saúde bucal pode trazer prejuízos para a fala e mastigação, por exemplo. Assim, o encontro entre os coordenadores municipais traz um norte para traçar novas estratégias, diz o gerente da Divisão de Saúde Bucal, João Leite. 

“Neste evento estamos repassando os novos desafios estabelecidos pelo Ministério da Saúde e o planejamento proposto pela Divisão de Saúde Bucal da Sesacre, além dos desafios de reestruturação das unidades de média e alta complexidade”, disse o gerente da Divisão de Saúde Bucal, João Leite. 

O atendimento de média complexidade é realizado em Hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (Upas). A alta complexidade são as urgências, no Pronto Socorro, por exemplo. Desta forma, as discussões também se dão sobre a implementação e credenciamento de três Centros de Especialidades Odontológicas: em Rio Branco, Brasiléia e Cruzeiro do Sul. 

Participaram do encontro odontólogos e profissionais de sistema de informações dos municípios. Foto: Junior Aguiar

Capacitação 

É necessário capacitar, instruir e munir o profissional da atenção primária para saber lidar com as ferramentas necessárias para conseguir um bom desempenho e mais recursos para a área. Assim, além dos coordenadores municipais de saúde bucal, estiveram presentes profissionais do Sistema de Informação, como explica o chefe do Dape, Luiz Marinho.

“É quando podemos juntar o profissional odontólogo da atenção primária, na média e alta complexidade, e, o sistema de informação, que faz a inserção correta  desses dados a nível de ministério”, explicou o chefe do Dape, Luiz Marinho. 

Um dos palestrantes, o apoiador técnico da Coordenação Geral de Saúde do Ministério da Saúde, Renato Taqueo, conta que eventos como esse são oportunidades para o esclarecimento de possíveis dúvidas. 

“É uma apresentação voltada às dúvidas que a gente recebe  no ministério. Nesse tipo de agenda a gente sempre traz o passo a passo do que o gestor deve acompanhar e realizar no seu dia a dia. Também, a gente contextualiza o Estado dentro do cenário nacional, por exemplo, situando o Acre com relação ao cenário de saúde bucal nacional”, o apoiador técnico da Coordenação Geral de Saúde do Ministério da Saúde Renato Taqueo. 

Atenção Primária

Segundo o chefe do Dape, Luiz Marinho é necessário realizar o serviço e também inseri-lo dentro do sistema. Ainda, é preciso fazer com que a política de saúde bucal, no âmbito municipal e estadual, seja inserida na estratégia de saúde da família. 

“Muito se fala em saúde bucal e pouco se fala na promoção e prevenção,  isso é uma das coisas que o departamento de atenção primária está batendo na tecla. Elas têm que estar sempre no contexto geral do SUS”, enfatizou o chefe do Dape, Luiz Marinho. 

Pré-natal Odontológico 

Um dos pontos a ser discutido como inovação na linha de saúde bucal é sobre o Pré-natal odontológico, que consiste no acompanhamento da mãe enquanto grávida para que se incentive a cultura de cuidar da boquinha da criança desde o nascimento. 

“Nós estamos trabalhando o Pré-natal Odontológico em duas frentes: ele está dentro do financiamento como um indicador de desempenho, então ele vai ser monitorado com a finalidade de pagamento, do desempenho das equipes, e, também, estamos trabalhando na minuta de um programa”, salientou a analista técnica de políticas sociais da Coordenação Geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Mariana Tunala.  

Ainda, segundo a analista técnica de políticas sociais da Coordenação Geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Mariana Tunala , o programa estimula e qualifica as ações. “Na verdade, qual a atribuição de cada um nesse atendimento odontológico à gestante, de Estado, Município e União, que é investir em ações de comunicação e educação permanente”, finalizou.

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