Saúde do Acre traça estratégias de combate à febre do oropouche

A Saúde do Acre (Sesacre) está atenta aos casos registrados de febre do oropouche e, com o Ministério da Saúde (MS), traça estratégias de prevenção e combate à doença.

Mosquito transmissor da febre oropouche (Foto: Scott Bauer/Agricultural Research Service/United States Department of Agriculture/Divulgação)

Desde dezembro, uma equipe do MS está no Acre para apoiar as ações, como explica o chefe do Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre, Edvan Meneses.

“Estamos alinhando a coleta de exames laboratoriais com os municípios e unidades estaduais. Também estamos produzindo uma nota técnica e manuais para manejo da doença, que irão nortear as equipes de saúde, e ainda capacitando as equipes das vigilâncias hospitalares e laboratórios para a coleta, armazenamento e transporte das amostras”, relata.

Edvan Meneses reforça que a Saúde do Acre está atuando em conjunto com o Ministério da Saúde. Foto: Odair Leal/Sesacre

A Sesacre também está trabalhando para capacitar as equipes multiprofissionais, aumentando ainda os insumos estratégicos nas unidades estaduais. O Laboratório Central (Lacen) também deve ser fortalecido, para aumentar a capacidade diagnóstica.

Conforme a Sesacre, outro ponto que está sendo fortalecido é a área técnica da vigilância ambiental das arboviroses, para produção de boletins e notas, um trabalho também essencial para acompanhar a evolução da doença.

Prevenção, sintomas e tratamento

Os estudos realizados pelo Departamento de Entomologia da Sesacre indicam que os principais vetores da oropouche são o Culicoides paraensis e o Culex quinquefasciatus, popularmente conhecidos como meruim ou maruim pela população. Sobretudo, as equipes estão coletando amostras nos locais de maior incidência da doença, para confirmar a presença dos mosquitos e sua ligação direta ao aumento de casos da doença no perímetro urbano.

Com a presença massiva dos dois possíveis vetores na região amazônica, é fundamental que, a fim de minimizar as chances de ser picada pelos insetos, a população tome medidas como:

– Utilizar mosquiteiros;
– Usar roupas compridas de forma que cubram braços e pernas;
– Instalar telas em portas e janelas;
– Usar repelente;
– Quando um agente da prefeitura visitar seu endereço, permitir que borrife a sua casa.

Os sintomas da oropouche duram entre dois e sete dias, com evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves. São eles: febre de início súbito, cefaleia intensa (dor de cabeça), mialgia (dor nas costas/lombar) e artralgia (dor articular). Ou, ainda:

–  Tosse
– Tontura
– Dor retro-ocular
– Erupções cutâneas
– Calafrios
– Fotofobia
– Náuseas
– Vômitos

Cabe destacar que a febre do oropouche foi descrita pela primeira vez na década de 60, mas não há, até o momento, registros de mortes associadas à doença. Conforme o Ministério da Saúde, não existe tratamento específico nem vacina para a febre do oropouche, portanto, pacientes infectados devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.

Caso sinta sintomas leves a moderados, basta se dirigir a uma unidade básica de saúde e, para sintomas graves, deve-se procurar a unidade de pronto atendimento (UPA) mais próxima.

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