A Saúde do Acre e parceiros encerraram nesta quarta-feira, 31, a programação oficial da Campanha Janeiro Branco, que promove a conscientização sobre a saúde mental. O local escolhido para o evento foi o Parque Capitão Ciríaco, onde funciona o Centro de Convivência e Cultura Arte de Ser.
Durante o mês de janeiro, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Saúde, além de outras secretarias e parceiros, promoveu e apoiou uma série de ações. Desde rodas de conversa, palestras, peça de teatro, entre outras ações tanto para a população em geral, quanto para servidores públicos.
A secretária adjunta de Atenção à Saúde Ana Cristina Moraes, ponderou acerca da singularidade de cada indivíduo e reforçou a necessidade do fortalecimento das políticas públicas de atenção à saúde mental.
“Nós somos seres singulares, então o que é ser normal? Cada um de nós tem as suas preferências e vivências e é o que torna cada pessoa única. Hoje nós temos uma grande rede de apoio à população, mas precisamos sim fortalecer ainda mais essa rede e eu deixo o desafio para a todos os nossos gestores dos pontos de atenção para que possamos discutir sobre o tema e melhorar ainda mais os serviços à nossa população”, ponderou Ana Cristina.
A diretora de Regulação e Rede de Atenção à Saúde da Sesacre, Ana Beatriz Souza, destaca: “Durante o mês de janeiro tivemos diversas ações para promover a conscientização e a importância da saúde mental, incentivando a sociedade a adotar práticas saudáveis e buscar apoio quando necessário. Estamos muito orgulhosos do trabalho que foi feito junto aos parceiros e vamos continuar trabalhando para fortalecer a rede de apoio à população que precisa, principalmente no que diz respeito à saúde mental”, destacou.
Yara Bardales, presidente da Cooperativa Social de Saúde Mental Ciranda Samaúma ressaltou que os serviços de apoio à saúde mental disponíveis no Acre, como os Centros de Atenção Psicossocial e o Centro de Convivência e Cultura Arte de Ser, são muito bons para o acolhimento das pessoas.
“Os serviços que a gente têm são muito potentes e nós temos profissionais muito bons. [Para o futuro] podemos melhorar ainda mais com mais acolhimento desses serviços e dos profissionais que estão dentro dele””, destacou Yara Bardales que aproveitou, ainda, para fazer um apelo de autocuidado às pessoas que querem buscar ajuda, mas por alguma razão não o fazem.
“Eu acho que, primeiramente, você tem que pensar em você mesmo e o Arte de Ser, por exemplo, é um serviço que não é sobre saúde mental em si. Ele é um espaço de convivência, você não precisa vir ao serviço simplesmente porque você está se sentindo depressivo, ansioso. Mas, se você pode vir para conviver com outras pessoas, para conhecer novas experiências, para conhecer outras pessoas, a convivência também é muito terapêutica”, finalizou.
Arte de ser: um convite para socializar
De fato, o Arte de Ser é para todos. Trata-se de um serviço da Rede de Atenção Psicossocial, em que a arte é um caminho de expressão e de aproximação entre pessoas com e sem transtornos mentais.
Amanda Schoenmaker, coordenadora do Arte de Ser, esclarece que não é preciso nenhum encaminhamento para acessar os serviços.
“Todos os centros de convivência são serviços muito importantes para duas questões principais: a primeira é a inclusão de pessoas que têm um diagnóstico de transtorno mental, que têm um histórico de internação em instituições psiquiátricas ou em outras instituições asilares. E também de promoção da saúde. A gente trabalha na promoção da saúde através de várias atividades coletivas irrompendo a fronteira da saúde, aproximando com a arte, com a cultura e com a economia solidária. Então a gente oferece aqui no espaço oficinas de expressão artística livre para todas as pessoas. É um espaço aberto a toda a população”, conta Amanda.