Música, poesia, arte e resistência aos retrocessos socais. Foi nesse clima que as feministas do Movimento de Mulheres do Acre (MMA) encerram a campanha mundial “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, neste domingo 10 – Dia Internacional dos Diretos Humanos.
Para marcar a data, o movimento realizou o Entardecer Feminista, sarau de cunho político, social e cultural que reuniu inúmeras mulheres e homens, apoiadores da causa, na Casinha Ocupação Cultural, em Rio Branco.
Isma Fernanda Moreira, uma das organizadoras do evento, observou a importância da união entre as mulheres. “Feminismo é a busca por direitos, é uma luta classista e é muito importante que estejamos juntas nessa luta, porque é pela nossa vida. Portanto, o feminismo é o renascer da mulher na sociedade”, salientou.
Violência doméstica, desigualdade de gênero e o enfretamento a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 181, que põe em risco as formas de aborto atualmente permitidas no Código Penal, bem como a descriminalização do aborto e empoderamento feminino foram pautas debatidas no sarau e encabeçadas pelo MMA.
Allana Khristie de Souza define o feminismo como uma ferramenta de libertação. “Abriu-me as portas para ser quem realmente sou. Socialmente, interpessoalmente, mas principalmente politicamente. Nos sentido de eu ser a pessoa que nasci para ser, a mulher que há dentro de mim e que me permite expressá-la em sua totalidade. O feminismo é isso, uma ferramenta para alcançar a mim mesma”, explicou.
A servidora pública Gabriela Souza observa que “o feminismo negro se difere do feminismo debatido de maneira mais genérica, porque enquanto mulheres brancas lutam por igualdade de salários com homens, nós, mulheres negras, estamos lutando ainda por igualdade de salário com as mulheres brancas. O feminismo representa libertação, e eu sinto isso: a libertação do meu eu”, salientou.
16 Dias de Ativismo
Realizada em mais de 120 países, a campanha mundial “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” promove o debate e estimula a denúncia das várias formas de violência contra praticadas contra mulheres.
No Acre, as atividades relacionadas à campanha foram promovidas pela Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres) e demais Organismo de Políticas para Mulheres (OPMs) municipais, como a Secretaria Adjunta de Mulheres de Rio Branco.