Com a chegada do verão e as previsões de uma seca prolongada, o Serviço de Água e Esgoto do Estado do Acre (Saneacre) está executando um conjunto de ações para prevenir e superar eventual falta de água nos municípios. Além de obras de engenharia, a eficiência dos serviços da autarquia também depende do combate à inadimplência e da automação da distribuição para eliminar perdas, segundo o presidente da autarquia, José Bestene.
Para falar sobre estas ações e as metas do governo para este setor, o presidente do Saneacre concedeu entrevista à TV Aldeia nesta quarta-feira, 7. Bestene informou que tem acompanhado a diretoria técnica do Saneacre em missões de reconhecimento de todas as unidades municipais, onde funcionários e consumidores são ouvidos sobre os problemas locais.
O chefe da pasta citou como exemplo ações do Saneacre no Bujari para se antecipar a uma possível repetição da estiagem histórica do ano passado que secou o açude de captação de água bruta. “No Bujari, já ampliamos em 30% a capacidade do açude e se, mesmo assim, não suportar, já temos uma logística para substituir a fonte de abastecimento e os meios de distribuição”, comentou.
O presidente lembrou, porém, que uns dos principais gargalos para otimizar os serviços são a inadimplência e o desperdício. Em 2020, o Depasa tinha R$ 200 milhões de contas a receber. Na época, o órgão iniciou uma campanha de cortes no fornecimento, o que não está nos planos da atual administração. “Estamos buscando parceria com as prefeituras para viabilizar uma negociação com os consumidores”, explicou Bestene.