Com a chegada da vazante, o trabalho de limpeza já começou em alguns pontos alagados pela cheia histórica que atingiu Xapuri. No entanto, a maior parte da área central continua inundada, com o nível do Rio Acre ainda superior à última grande enchente, ocorrida em 2012, que chegou a 15,57 metros.
Clientes do Banco do Brasil estão impossibilitados de sacar dinheiro e a agência dos Correios também continua desativada. A cidade também passa por uma crise de abastecimento de água, em razão de a principal Estação de Tratamento de Água (ETA) ter sido seriamente avariada pela enchente. Porém, o Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa) está abastecendo a população de água potável com a utilização de quatro caminhões-pipa.
O último boletim divulgado pela Coordenação de Defesa Civil informa que Xapuri tem 791 famílias atendidas, entre desabrigadas e desalojadas, um número de 2.366 pessoas. Os desabrigados estão em 13 abrigos públicos.
Além da Prefeitura, que teve alagados os setores de administração, finanças, planejamento e assistência social, mais 24 órgãos públicos das esferas municipal, estadual e federal foram atingidos pelas águas.
Outros pontos de referência que não escaparam da enchente foram a igreja de São Sebastião, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, a loja maçônica Bandeirantes do Acre nº 01 e a Cooperativa Mãos de Mulher.
Também foi duramente atingido pelas águas o centro de memórias que reúne a Fundação Chico Mendes e a casa em que ele viveu os últimos anos de sua vida, que foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional em 13 de fevereiro de 2008.
As áreas afetadas pela maior alagação da história de Xapuri incluem, além do centro da cidade, mais seis bairros e várias localidades da zona rural. A Coordenação de Defesa Civil estima que 40% da área urbana de Xapuri foi atingida e que os transtornos causados pelo desastre natural foi sentido por quase a totalidade da população.