O Pronto-Socorro (PS) de Rio Branco, a maior unidade de alta complexidade do Acre, alcançou um marco significativo de mais de 100 mil atendimentos de janeiro a outubro de 2023. Esta conquista resulta de esforços coordenados pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre), em reorganizar fluxos de atendimento e aprimorar infraestruturas para garantir assistência rápida e humanizada.
A unidade de saúde, que serve pacientes de todos os municípios do interior do Acre, além de estados e países vizinhos, normalmente lida com uma alta demanda de casos não graves que poderiam ser atendidos em unidades de referência de atenção primária (URAPs) e unidades de pronto atendimento (UPAs). No entanto, nas últimas semanas, os corredores do hospital permaneceram vazios, refletindo um esforço para priorizar casos de maior complexidade. São mais de 10 mil atendimentos realizados todos os meses pela unidade, entre atendimentos pediátricos, com clínico-geral e de emergência em traumatologia.
Atualmente, o Pronto-Socorro de Rio Branco abriga apenas 14 pacientes na observação adulto, três pacientes na observação pediátrica e seis pacientes na emergência clínica. A unidade concentra-se em prestar assistência a pacientes que enfrentam complicações médicas graves, como paradas cardiorrespiratórias, acidentes vasculares cerebrais e acidentes graves que requerem atenção imediata. O Pronto-Socorro opera 24 horas por dia, atendendo às necessidades críticas da comunidade.
O secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, ressaltou os esforços do governo do Estado em oferecer um bom atendimento à população. “É nosso compromisso manter o nosso Pronto-Socorro com os corredores vazios, com as emergências minimamente ocupadas, providenciando leitos de internação, seja enfermaria, seja UTI, para oferecer assistência de qualidade à nossa população”, destacou o gestor.
Projeto Lean
Além disso, o diretor da unidade, Lourenço Vasconcelos, destacou a parceria bem-sucedida com o Hospital Sírio Libanês no Projeto Lean: “Estamos em parceria com o Hospital Sírio Libanês que está executando o Projeto Lean, que envia dois médicos a cada quinze dias para avaliar nossas necessidades e orientar nossas operações. Os resultados são evidentes, com corredores vazios e uma observação que antes estava superlotada, agora com apenas 14 pacientes. Nossa emergência clínica também está fluindo bem, com apenas seis pacientes atualmente”.
O diretor também agradeceu o trabalho desenvolvido por toda a equipe em nome da diretora administrativa Tatiana Benvindo e do diretor de Assistência do hospital, Daniel Oliveira.
O Projeto Lean, uma metodologia de gestão implementada no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde, desempenhou um papel crucial na melhoria dos serviços de atendimento no Pronto-Socorro de Rio Branco. Esta parceria demonstra o compromisso contínuo das autoridades de saúde em fornecer assistência de qualidade e eficiente à população local, ao mesmo tempo em que prioriza casos de maior gravidade e descongestiona os corredores do hospital.
Quando procurar o Pronto-Socorro?
Problemas respiratórios graves – como asfixia, que é quando há dificuldade ou até impossibilidade para respirar. A asfixia pode ser causada por envenenamento por gases tóxicos ou drogas, pancada muito forte no tórax ou por algum bloqueio das vias respiratórias, além de acidentes como afogamento ou enforcamento.
Dores fortes e intensas no corpo – principalmente no peito (que pode ter também uma sensação de pressão), nos braços ou na mandíbula. Fique atento também a dores de cabeça muito fortes e repentinas.
Lesões ou fraturas – como algum osso quebrado ou percepção de que o osso parece “empurrar” a pele.
Lesões na cabeça, pescoço ou coluna – que podem causar desmaio, confusão, perda de sensibilidade ou incapacidade de se locomover.
Convulsão que durou cerca de três a cinco minutos.
Febre alta – quando a medição de temperatura nas axilas ultrapassa os 39 ºC.
Perda súbita da fala, visão ou capacidade de locomoção.
Reações alérgicas – principalmente se causarem inchaço, dificuldade para respirar ou urticária, uma condição identificada por uma irritação na pele que causa lesões avermelhadas, inchaços e coceira.
Picada de animais peçonhentos – como escorpião, cobras ou aranhas. Esse incidente pode causar dores, inchaços e formação de bolhas no local imediatamente, mas pode evoluir para estágios mais graves, como dores intensas, hemorragias e queda de pressão.