Reeducandas concluem curso de confecção de bolsas

A tarde de ontem, 23, teve uma motivação diferente para 19 reeducandas da unidade feminina de regime fechado de Rio Branco. Elas concluíram o curso de confecção de bolsas com reaproveitamento de banner.

Durante 160 horas (40 dias) elas aprenderam a fazer a limpeza do material, que normalmente é descartado. Depois aprenderam cortes e modelos, costura e decoração, aproveitando os temas já existentes em cada banner.

Lucilene Oliveira Sousa desfila, orgulhosa, com a bolsa que ajudou a confeccionar (Foto: Diego Gurgel)
Lucilene Oliveira Sousa desfila, orgulhosa, com a bolsa que ajudou a confeccionar (Foto: Diego Gurgel)

As Eco bags, ou bolsas ecológicas, livram o meio ambiente do lixo que seria produzido pelos banners. É a chamada economia criativa, em que o conhecimento e a criatividade são os principais recursos produtivos.

As aulas foram ministradas na malharia, dentro da própria unidade. Para cada quatro dias de trabalho, as mulheres têm um dia de redução da pena. “Elas sairam das celas todos os dias, então isso para a mulher é melhor porque ela não fica ociosa. E quando sai da ociosidade ocupa mais a mente,” constata Idma Biggi, diretora da unidade feminina do Acre.

A atividade é resultado da união de esforços. A proposta da primeira-dama do Acre, Marlúcia Cândida, foi promovida pela Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres). “Significa o nosso compromisso indistintamente da situação de vulnerabilidade que as mulheres vivem. É papel da secretaria assegurar os direitos de todas as mulheres do Acre,” fala Concita Maia, secretária da pasta.

Reeducandas comemoram o recebimento dos certificados e o novo rumo profissional (Foto: Diego Gurgel)
Reeducandas comemoram o recebimento dos certificados e o novo rumo profissional (Foto: Diego Gurgel)

As aulas foram possibilitadas através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), coordenado pelo Instituto Dom Moacyr (IDM). Foram parceiros ainda, a Secretaria de Estado de Pequenos Negócios (SEPN) e o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).

“A primeira semana foi toda teórica e nós aplicamos o curso de empreendedorismo, como abrir uma empresa e como elas podem montar uma cooperativa, para que futuramente comecem a  fornecer para supermercados e lojas”, ressalta Drica Ribeiro, consultora do curso.

E para marcar a entrega dos certificados, as próprias reeducandas foram modelos e desfilaram orgulhosas, as próprias peças que confeccionaram. “Foi um aprendizado ótimo para todas nós. Agora a gente tem uma nova direção, um novo rumo profissional. E que isso sirva para todas as outras como exemplo,” conclui Lucilene Oliveira Sousa, reeducanda.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter