Radioterapia: a física por trás do aparelho

Similar aos Laboratórios de Pesquisa Avançada Científica e Tecnológica (Laboratórios S.T.A.R.) da série americana de televisão The Flash, na sala do Acelerador Linear na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), no Hospital de Câncer do Acre, uma equipe capacitada e concentrada realiza sessões de radioterapia de pacientes que lutam contra o câncer.

Uma equipe capacitada e concentrada realiza sessões de radioterapia de pacientes que lutam contra o câncer. Foto: José Caminha/Secom

Na série, o acelerador de partículas é um importante instrumento para a equipe de Barry Allen (o Flash) no combate aos meta-humanos. Enquanto que, na Unacon, o acelerador linear que fica dentro do cabeçote do aparelho, pesando quatro mil quilos, realiza a tarefa que combate o avanço das células cancerígenas.

No mundo fictício das histórias e na realidade dos profissionais que trabalham em contato direto com o aparelho de radioterapia, a segurança é primordial, tanto para os protagonistas quanto para a população. Por isso, até que o paciente deite na cama de tratamento, com segurança, são necessários estudos, cálculos e planejamento.

Na realidade dos profissionais que trabalham em contato direto com o aparelho de radioterapia, a segurança é primordial. Foto: José Caminha/Secom

Tudo o que está relacionado a equipamento, planejamento de paciente, cálculo de blindagem, ou seja, qual a espessura da parede para a máquina funcionar com segurança – para não vazar radiação para fora -, além da radioproteção dos pacientes e colaboradores, é responsabilidade do físico-médico, assim como o personagem Cisco de The Flash cuida da segurança da equipe.

“O paciente faz a tomografia, que é importada para dentro de um sistema de planejamento, que para ser preparado também passa por um processo minucioso, porque se alguma coisa nesse processo estiver errada vai refletir no tratamento de todos os pacientes”, pontua o físico-médico da Unacon, Wagner Peniago.

O físico-médico Wagner Peniago é o responsável por fazer o cálculo do ponto central do tumor. Foto: José Caminha/Secom

A radioterapia utiliza radiações ionizantes, nesse caso, o aparelho transforma a energia elétrica em energia radiante, sendo que o físico-médico Peniago é o responsável por fazer o cálculo do ponto central do tumor.

“O profissional desenha e fala: eu quero tantos centigrays aqui nesse tumor, e há vários órgãos de risco em volta, então eu escolho as entradas de campo, de forma a dar a dose máxima no tumor e a dose mínima nos órgãos de risco, e com isso diminuímos a toxicidade do tratamento”.

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