Desde o início das aulas, há duas semanas, 44 moradores da Reserva Extrativista do Cazumbá-Iracema começaram a escrever uma nova história em suas vidas, graças ao programa de alfabetização Quero Ler.
Pensando em por fim à problemática do analfabetismo no Acre, o governador Tião Viana criou, em junho de 2015, o Quero Ler, que propõe alfabetizar, até 2018, cerca de 50 mil pessoas em todo o estado. Em vigor há menos de dois anos, o programa já avança rumo aos 15 mil alfabetizandos.
A alegria está estampada no rosto de cada aluno que compõe a turma. Um deles é o aposentado Leonardo Vieira, de 79 anos. “Parei de estudar muito cedo, porque tive de trabalhar para o sustento da família. Hoje estou feliz por estar descobrindo o mundo das letras”, confessou.
A vice-governadora Nazareth Araújo, que esteve na reserva na última sexta-feira, 7, fez questão de visitar a turma do Quero Ler. Segundo ela, esse é um dos programas mais inclusivos do governo.
“Aprender a ler e a escrever é, acima de qualquer coisa, uma oportunidade que uma pessoa tem para se sentir mais cidadã. Por esse motivo, é fundamental dar condições para que a maior parte da população possa ser alfabetizada da melhor forma possível”, disse.
O produtor rural José Antônio Teixeira diz que, apesar de trabalhar durante o dia, um dos momentos mais agradáveis são as três horas em que passa na escola. “Mesmo com o cansaço, este é um sacrifício que tem valido a pena. Estou aprendendo a ler e a escrever, e isso não tem preço. Estou muito feliz.”