Psicólogas alertam para os altos índices de suicídios

 

Os participantes escreveram, num mural, frases sobre a vida (Foto: Assessoria SEE)
Os participantes escreveram, num mural, frases sobre a vida (Foto: Denis Filho)

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é um ato intencional de um indivíduo de cessar a própria vida. Para a Psicologia, uma comunicação de sofrimento psíquico. São duas definições que abordam a questão como um problema de saúde pública.

Para discutir o assunto, as psicólogas Sandra Ortiz, Márcia Pinto e Andreia Vilas Boas realizaram palestras para alunos e servidores da Educação nesta quinta-feira, 28.

Mundialmente, a taxa de suicídio chega a um milhão de pessoas por ano, cerca de três mil por dia.  Só na capital do Acre, Rio Branco, em 2015 foram registradas, no pronto-socorro, 180 entradas de pacientes com tentativa de suicídio e 32 óbitos foram confirmados.

De acordo com a psicóloga da Sesacre, Andreia Vilas Boas, os números são preocupantes, já que o suicídio mata mais do que o HIV.  Ainda segundo a especialista, o tabu em torno desse tipo de morte impede que a questão seja discutida de forma eficaz.

“O suicídio atualmente é considerado uma epidemia silenciosa, exatamente porque não é mencionada. Mas quando falamos em suicídio pensamos nas estratégias de prevenção e nos sinais de alerta para esse risco”, explica.

Já Márcia Pinto, da SEE, explica que muitos casos de suicídios poderiam ser evitados se fossem detectados precocemente: “É preciso falar sobre o tema, as pessoas precisam saber identificar um comportamento suicida para que os índices diminuam”, explica.

Ela ressalta que grupos de apoio, ações solidárias e acompanhamento psicológicos são fundamentais nesse processo: “Os números são alarmantes, então a ideia é que uma rede de prevenção se organize para identificar e cuidar desse problema”.

Rafaela Moraes, estudante do ensino médio, participou das discussões e acha que palestras desse tipo devem ser realizadas para que a sociedade tenha conhecimento  do assunto: “As pessoas que tentam se matar se manifestam com de uma série de sinais, avisando que estão em situações com as quais não conseguem lidar, e passam a achar que a morte poderia ser uma solução, mas não é. Precisamos estar atentos e levar esses sinais a sério”, disse.

Falar é a melhor solução

As palestras foram promovidas pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE) e Sesacre. Integram as atividades da Campanha Nacional de Prevenção ao Suicídio e contemplam a iniciativa Falar é a Melhor Solução, adotada para tratar o assunto no Setembro Amarelo.

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