Programa oferece consultas oftalmológicas e óculos para estudantes da rede pública

Meta do governo é realizar 10 mil atendimentos em 18 municípios

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Projeto garante consulta oftalmológica para os estudantes do ensino público (Foto: Assessoria SEE)

É com esforço que Cairon Rocha, 10 anos, estudante da Escola Maria Chalub Leite, consegue visualizar o que a professora escreve na lousa. Para amenizar a dificuldade, ele senta na primeira fileira de cadeiras da sala de aula, mas este problema já tem os dias contados para acabar, graças ao Projeto Olhar Brasil, que oferece desde o início do ano, exames oftalmológicos e óculos para alunos da rede pública e do Programa Brasil Alfabetizado.

O Olhar Brasil é uma iniciativa focada na identificação e correção de problemas visuais, e tem como meta, reduzir as taxas de evasão escolar e facilitar o acesso dos idosos à consulta oftalmológica e aquisição de óculos corretivos para crianças de escolas públicas. No Acre, a ação está sendo executada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, e pretende atender até o final do próximo ano, 10 mil estudantes em 18 municípios. Os primeiros alunos atendidos foram do Programa Brasil Alfabetizado dos municípios de Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil.

Um grande aliado e responsável pelo sucesso do programa entre a comunidade escolar está sendo o professor, que no dia a dia da sala de aula, observa o comportamento e as dificuldades de assimilação dos conteúdos, e se estes possuem relação com a visão, como ocorreu com Cairon."Fui encaminhado para o exame por minha professora, pois sentia muita dificuldade em visualizar o que ela escrevia na lousa e não conseguia me concentrar devido a dor de cabeça que dava ao tentar ler, agora terei meus óculos, que me ajudará a estudar", lembra o estudante.

Uma das cinco oftalmologistas que trabalham no programa, Cristina Hartmann, revela algumas dicas de como identificar possíveis problemas visuais nos alunos. "Quando a criança fica muito desatenta, inquieta, escreve pulando as linhas do caderno, vão sempre à frente do quadro e reclamam de dor de cabeça, são sinais  de problemas visuais que a professora precisa ficar atenta", alerta.  

A mãe de Cairon, a dona de casa Kardiany Cordeiro, elogiou a iniciativa do governo em dar oportunidade às crianças com dificuldades visuais, a voltar a enxergar com mais qualidade. "Se não fosse esse projeto eu não teria como comprar óculos para os meus filhos, porque o que recebo não daria para pagar a consulta e nem os óculos", relata a dona de casa após sair da consulta na Fundação Hospitalar do Acre, um dos locais de atendimento no Estado.  

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