Lançado em 2011, o Programa de Conservação e Recuperação de Nascentes e Matas Ciliares da Bacia do Rio Acre possibilitou a realização de diversas ações de caráter de formação, sensibilização e fortalecimento de parcerias e educação ambiental, combinadas com a recuperação e a proteção de áreas de preservação permanente.
Como resultado de um esforço coletivo entre o governo, ribeirinhos e produtores rurais, foram plantadas, de 2011 até este ano, cerca um milhão de árvores na bacia do Rio Acre, numa perspectiva de tornar as Áreas de Proteções Permanentes (APPs) produtivas, a partir da implementação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) e definição de estratégias para otimizar e ajudar produtores e ribeirinhos a sanarem seus passivos ambientais em áreas de APPs.
Para a coordenadora do Departamento de Águas e Recursos Hídricos da Sema, Marli Ferreira, o programa é fundamental: “A bacia do Rio Acre apresenta o maior índice de degradação do estado, especialmente por nela viver o maior contingente populacional do estado. Portanto, foi necessária e urgente a implementação de políticas públicas efetivas, como o programa de recuperação para combater as decorrências da degradação dos corpos hídricos do estado. Com a implementação do programa, conseguimos atingir mais de cinco mil pessoas (ribeirinhos, produtores rurais, pecuaristas, alunos e professores da rede pública de ensino) no processo de recuperação da bacia”, disse.
Unidade de Situação monitora o Rio Acre
O Acre inaugurou em abril de 2013 a Unidade de Situação de Eventos Hidrometeorológicos, que é capaz de monitorar o tempo, o Rio Acre, o índice de chuvas e focos de calor em todo o estado, com informações atuais e precisas enviadas pelas plataformas hidrometeorológicas e dados de satélites.
A unidade tem como objetivo identificar possíveis ocorrências de eventos críticos, realizando o monitoramento diário do tempo, clima, níveis de rio e focos de calor, gerando previsibilidade. As informações passadas pela unidade foram importantes para a tomada de decisão durante a cheia do rio Acre que atingiu varias cidades acreanas neste ano.
O secretário de Meio Ambiente, Carlos Edegard de Deus, afirma que a unidade foi um investimento importante para o estado agir diante dos eventos climáticos extremos. “Esse é um investimento fantástico que nos deu todas as capacidades de monitorar e até prever os eventos climáticos e suas mudanças drásticas de modo a saber como eles vão atingir a população acreana”.
A piscicultura como forma de aumentar a renda da população
O governo do Estado executa atualmente o maior programa de piscicultura da história do Acre, que se destina a modificar a estrutura econômica de produção primária, sendo uma atividade economicamente viável, socialmente inclusiva e ambientalmente adequada. O objetivo é tornar fazer do Acre uma referência em piscicultura de alta produtividade, baixo impacto ambiental e produção de qualidade.
Hoje, no estado, estão em processo de finalização dois complexos de piscicultura. Em Rio Branco, no km 47 da BR-364, o Complexo Industrial de Piscicultura do Acre está com mais de 70% das suas obras concluídas. Já em Cruzeiro do Sul, numa propriedade entre Mâncio Lima e Guajará (AM), está sendo erguido o Núcleo Industrial de Piscicultura do Juruá.
Reconhecimento do Aquífero Rio Branco
O Estado do Acre foi notificado que a Agência Nacional das Águas (ANA) reconheceu a existência do Aquífero Rio Branco, validando o plano de manejo aprovado pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Acre (Cemact). Agora o manancial localizado em Rio Branco faz parte do mapa das águas do Brasil.
A ANA também vai auxiliar o Imac nos procedimentos de outorga para explorar o aquífero, cedendo softwares e treinamento a pessoas para operarem o sistema de controle e fiscalização do aquífero, com toda eficiência e rapidez de que o estado necessite.
Leia também: Dia da Água é comemorado com ações de proteção ao meio ambiente