Nesta terça-feira, 30, no Cine Teatro Recreio, foi realizada a oficina de Cuidado Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens, com a implantação da Caderneta de Saúde do Adolescente, que contribuirá na construção de ações para o cuidado integral de adolescentes. O evento é uma realização das secretarias municipal e estadual de Saúde.
Durante a oficina participam mais de 50 profissionais em saúde, como enfermeiros, agentes comunitários, gestores e trabalhadores de outras secretarias. Esses profissionais foram orientados sobre como acompanhar o crescimento e desenvolvimento saudável, permitindo o acolhimento desses adolescentes na prevenção de doenças e agravos à saúde, além de identificar os problemas de gravidez precoce e situações de violência.
“Nessa capacitação, estamos trabalhando a questão do cuidado integral da saúde do adolescente e do jovem como uma responsabilidade das políticas públicas, e apresentar a caderneta de saúde do adolescente que foi criada pelo Ministério da Saúde”, explica a gerente Estadual da Área Técnica de Saúde de Adolescentes e Jovens, Maria Luisa Escudeiro.
Maria Luiza disse que a oficina foi destinada aos 22 municípios acreanos, visando oferecer respostas adequadas aos desafios com temas de gravidez precoce, mortalidade materna e neonatal, abortos não assistidos, agravos e mortes decorrentes de violência, abuso de álcool e outras drogas.
De acordo com o coordenador Estadual do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas, Antônio Pereira Neto, a caderneta do adolescente proporciona a integração junto ao jovem para que sejam esclarecidas as dúvidas comuns no processo de sua adolescência até a fase adulta, assim como registrar as informações do seu processo de crescimento e desenvolvimento.
“A caderneta do adolescente vem ao encontro para tentar minimizar o problema de falta de diálogo e informação em relação à sexualidade e outros fatores que o jovem em muitos casos tem dificuldade em compartilhar com os pais ou responsáveis. Com a população bem informada é possível reduzir a incidência de doenças, melhorar a vigilância à saúde e contribuir, para a melhoria da qualidade de vida da população com idade entre 10 e 24 anos”, enfatiza Antônio Pereira Neto.
Para a enfermeira e participante da oficina, Narjara Campos, a importância desse encontro é para capacitar os profissionais a trabalharem com o público jovem. “Essas pessoas necessitam de uma atenção melhor dos profissionais que atuam nas unidades de saúde da família, pois com base nessas informações que estamos recebendo hoje, saberemos como conduzir um jovem que, por exemplo, quer realizar um exame de gravidez ou até mesmo aqueles que apresentem um quadro de violência sexual em casa”, diz.