Profissionais de comunidades indígenas do Alto Purus recebem certificados do Curso de Associativismo

Cinco aldeias foram beneficiadas pela iniciativa do governo do Estado

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O projeto beneficiou representantes de cinco aldeias da Terra Indígena do Alto Purus, sendo que a maioria dos profissionais certificados já atuava como agente agroflorestal em suas terras (Foto: Assessoria IDM)

O governo do Estado, por meio do Instituto Dom Moacyr (IDM), certificou 30 indígenas da etnia Kaxinawá, no curso de Formação Inicial e Continuada em Associativismo para Comunidades Indígenas, no último dia 3. O curso aconteceu entre os dias 19 de setembro e 3 deste mês, no município de Santa Rosa do Purus, através do Programa de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Estado do Acre (Proacre).

O curso, que teve carga horária de 80 horas/aula e acompanhamento da Escola da Floresta Roberval Cardoso, foi resultado de uma ação conjunta entre IDM e Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), em parceria com a Prefeitura de Santa Rosa do Purus.

O projeto beneficiou representantes de cinco aldeias da Terra Indígena do Alto Purus, sendo que a maioria dos profissionais certificados já atuava como agente agroflorestal em suas terras. O objetivo é que esses profissionais levem o conhecimento adquirido durante a formação para suas comunidades.  

“Eu Trabalho no meio ambiental como Agente Agroflorestal da minha comunidade. Gostei de ter participado deste curso de associativismo aprendendo mais e buscando mais conhecimento. Eu quero aprender o que eu não sei para levar as informações para minha comunidade”, afirma Idezio Rubi Kaxinawá, morador da Aldeia Seis de Julho.

No curso os educandos aprenderam noções básicas para o bom funcionamento de uma associação: a criação de um estatuto, com base nos direitos e deveres de cada associado, e algumas ferramentas de gestão. Aprenderam como fazer uma ata, a convocação para uma assembleia e uma prestação de contas, por exemplo.

A importância estratégica da formação profissional em gestão na área do associativismo é  contribuir para a promoção da autonomia dos povos indígenas na condução e realização de suas propostas, através da facilitação do diálogo com o governo do Estado e da promoção de integração entre diversas comunidades.

Segundo Francisco das Chagas, 29, da Aldeia Nova Fronteira, “a importância do curso para mim é  ajudar o presidente, a diretoria da associação, a buscar fortalecimento dentro da própria comunidade e na associação. O sócio precisa aprender o que é uma associação, como ela se gerencia, com quais requisitos ela pode continuar trabalhando, e esse curso traz todos esses fundamentos principais, que são o conhecimento básico de como funciona uma associação. Acho que entender o corpo da associação é importante para o sócio poder dizer assim: ‘Agora eu sei o que é uma associação’”.

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