Profissionais debatem dúvidas e necessidades para levar conhecimento a áreas de difícil acesso
Cinqüenta e um professores das áreas de biologia, física, matemática, língua portuguesa, geografia e espanhol participam de uma capacitação do programa Asas da Florestania, versão ensino médio, no auditório do Sesc-Centro. O objetivo é capacitar os profissionais para levar educação, nos níveis fundamental e médio, a comunidades de difícil acesso.
Durante o encontro, os professores discutem com técnicos da Secretaria de Estado de Comunicação as dúvidas que surgiram durante os módulos nas comunidades, necessidades que foram identificadas ou pontos que podem melhorar para que o ensino seja o mais adequado possível à realidade local.
Segundo a supervisora do Asas da Florestania em Rio Branco, Elizângela Mendonça, as aulas são ministradas em módulos de duas disciplinas, que duram cerca de 50 dias cada um. Participam da capacitação professores de Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Rio Branco, Xapuri, Bujari, Porto Acre, Plácido de Castro, Sena Madureira e Taraucá.
Emerson Gomes do Nascimento, professor há dois anos, participa do programa. O último módulo ministrado foi na escola Nova Esperança, no Projeto Moreno Maia, na região do Riozinho do Rôla. Para chegar à comunidade é preciso percorrer mais de 50 quilômetros de ramal em Toyota, o único carro que consegue trafegar no caminho. Lá ele deu aulas de geografia e história para 13 alunos entre 15 e 21 anos.
“Nesse projeto a gente trabalha construindo o conhecimento com os alunos, e isso é o mais importante, pois ele se torna uma pessoa crítica, que discute, questiona. Levamos o conhecimento científico e eles apresentam o conhecimento prático. As aulas são então moldadas de acordo com as necessidades e vivências de cada um, de forma que eles possam pôr em prática no dia-a-dia o que aprenderam”, comentou.