A professora de inglês do Centro de Estudo de Línguas (CEL) Diana do Nascimento, de apenas 24 anos, ainda não acredita que seu nome é um dos selecionados para o Programa Líderes Internacionais em Educação (Ilep). “Juro que a ficha ainda não caiu”, brinca, mesmo que o resultado tenha sido divulgado no dia 1 deste mês, após uma longa seletiva que começou em março, seis meses atrás.
O Ilep é uma ação, no Brasil, da Embaixada Americana em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que oferece um intercâmbio de práticas pedagógicas avançadas com duração de cinco meses, nos Estados Unidos, para professores de inglês de escolas públicas de diversas partes do mundo.
“Lá nós vamos aprender novas metodologias de ensino, uso de novas tecnologias em sala de aula – algo pelo qual me interesso bastante – e técnicas de planejamento. Tudo relacionado ao professor mesmo, para termos um bom ambiente em sala de aula, saindo do tradicional e trazendo novidades para os alunos”, conta Diana.
A seleção no Brasil começou com 79 inscritos, que, após provas, entrevistas e uma seletiva nacional, terminou com a escolha de sete pessoas do país, que irão se juntar a um grupo de 64 professores de diversas partes do mundo. Diana ficará nos Estados Unidos de 4 de janeiro a 17 de maio de 2017, custeada pelo programa e dividida entre atividades teóricas e práticas em salas de aula norte-americanas.
A paixão por aprender e ensinar
Acreana de Rio Branco e formada em Letras Inglês pela Universidade Federal do Acre (Ufac), Diana soube da seletiva do Ilep por meio de um professor que já havia participado, e fez questão de tentar. Professora do CEL, que ensina gratuitamente inglês, espanhol, francês e italiano para jovens da rede pública e da comunidade, ela se orgulha de fazer parte dessa iniciativa do governo do Estado desde o começo.
“Eu tive que aprender inglês num curso pago, e aqui é uma oportunidade maravilhosa. Tenho alunos do nível básico ao avançado. Eu vejo alunos chegarem aqui sem saber de nada e saem com uma fluência muito boa e que talvez eles não tivessem essa oportunidade se fosse apenas pago. Temos alguns dos melhores professores do Acre aqui e vale muito a pena, sim”, ressalta.